YOKOHAMA
Em Yokohama lembrei-me daquele arqueólogo francês que disse que
«Hoje tudo são campos onde foi Troia».
Em Yokohama não ouvi o Coro dos Marinheiros» e na suave colina não vi a casa de Butterfly.
Hoje, em Yokohama tudo são enormes prédios cúbicos e metálicos, nada resta dos lugares em que houve romance em casas de bambu; o jardim do requintado bonsai e da gravilha com cada pedrícula no lugar certo é peça de museu; a última gueixa há muito que passou para o mundo Shin Tô dos espíritos e a cerimónia do chá é ideia que aos poucos se desvanece nas brumas da memória.
Nada resta da Civilização que levou Wenceslau à paixão. É pena e Yokohama já não é.
Maio de 2025
HSF