"WEST SIDE STORY" - 1
Ou
DA OCIDENTAL PRAIA LUSITANA
Diz-se do Ocidente todo aquele que…
- Culturalmente se considera herdeiro da Civilização Greco-Romana;
- moralmente, dos Valores judaico-cristãos, mesmo que de modo não confessional;
- politicamente, defensor da liberdade, da igualdade e da fraternidade e a Convenção Mundial dos Direitos Humanos (ONU 1948).
Eis como o Ocidente é sobretudo um conjunto de conceitos e menos uma circunscrição geográfica, um modelo político pluripartidário, com o poder emanando da base e seguindo no sentido ascendente, com independência institucional do Legislativo, do Executivo e do Judicial. No Ocidente, as Forças Armadas e de Segurança, tanto militares como militarizadas, submetem-se ao poder democraticamente constituído com base no sufrágio universal, livre e secreto.
Mas… há excepções que confirmam a regra e que merecem o cuidado dos crédulos inocenes.
Por exemplo, mesmo que democraticamente eleito (aproveitando a liberdade superlativa ocidental), perde a legitimidade democrática o regime que não respeite as regras fundamentais de pertença ao bloco benigno por contraponto com os malignos.
Sim, por muito que isto possa perturbar alguns, é com base naquelas regras fundamentais de pertença ao Ocidente que nós, os ocidentais, definimos os nossos próprios conceitos de bem e de mal pelo que não devemos hesitar na definição da fronteira que separa os amigos dos inimigos. E não esqueçamos que, na hora do conflito bélico, os nossos adversários democráticos são nossos amigos – a menos que, por mero oportunismo, se aliem aos inimigos.
Desconfiando de «geringonças»…
Novembro de 2023
Henrique Salles da Fonseca