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A bem da Nação

VIKINGS - 6

 

Recordatória – estas crónicas de viagem não são um «diário de bordo» pelo que uma etapa pode dar origem a várias crónicas e uma crónica englobar várias etapas.

* * *

Iniciado o regresso e passando o Cabo Norte a bombordo, lembrei.me de que aquelas águas, se falassem, teriam muito que contar. E no Museu do Cabo lá está a história do comboio de navios aliados que durante a segunda guerra mundial furou a guarda nazi daquela rota para ir a Murmansk levar o apoio de que a URSS então precisava para atacar a Alemanha pelo Leste. Lembrei-me do Polígono Acústico dos Açores que, durante a guerra fria controlava o movimento dos submarinos soviéticos na sua passagem de Murmansk para o Atlântico e pensei no stress a que Putin está a sujeitar o mundo para, no final, ficar com uma passagem para o Mar Egeu entre a cozinha da Senhora Yasmina que mora ao lado do estáedio do Galatasarai e a retrete do Senhor Yussuf que mora naquela zona a que os gregos chamavam Calzedónia. Tanto sarilho por causa dum caneiro sujo…! E lembrei-me de Vladivostok, de Kalininegrad e dos mais incómodos que nos podem esperar só porque as costas marítimas russas são inoperacionais.

Passado o Cabo e entrados no Mar do Norte, entrámos em alguns fjords imponentes mas cujas cidades pouco tinham para mostrar além de um evidente nível de conforto das populações. Umas com mais bacalhau, outras com menos; umas com mais indústria de apoio à pesca e à navegação do que outras. Mas todas a trabalhar e ninguém encostado à caridade.

Desta correnteza de visitas só aqui trago Bergen, também ela de génese hanseática e, daí, o seu nome alemão que significa montes. E, realmente, à sua volta e ela própria, tudo são montes que mergulham a pique nas águas do fjord.

Esta foi capital da Noruega até que alguém a fez mudar para Oslo. De notar que, aquando do referendo ao Regime, Bergen votou pela República e, daí, (a confirmar, p. f.), a Monarquia vencedora se tenha sentido mais confortável dali para fora.

Ser cidade com Universidade é perfeitamente banal naquele país mas fizeram-nos notar que os estudantes (do superior, presumo) correspondem a 10 % da sua população (residente, transumante? Não perguntei). Seria interessante fazer uma comparação com o que se passa entre nós. Aqui fica a sugestão/pedido a quem tenha interesse por estes temas do desenvolvimento e olhos mais operacionais que os meus.

À saída de Bergen, antes mesmo de chegarmos ao mar aberto, as nossas 95 mil toneladas baloiçaram bem e nós, à saída do restaurante, parecíamos etilizados. Mesmo quem só tinha bebido água. Afinal. O balancé foi benigno para o sono e na manhã seguinte o mar voltou a estar chão.

Avistámos uma ou outra plataforma petrolífera e, já em águas dinamarquesas, alguns parques (flutuantes???) de geradoras eólicas (centenas???).

Seguiu-se navegação serena Elba acima, desembarque e tomada do vôo de Hamburgo até Lisboa.

Mas amanhã ainda haverá uma crónica-surpresa.

(continua)

Henrique Salles da Fonseca

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