VIKINGS – 5
Ex-igreja de Santo Olof
Pelos vistos, os suecos concordam comigo quando digo que as ruínas são monumentos ao desleixo das gerações anteriores. Em Sigtuna as ruínas estão consolidadas e em sua substituição existem construções relativamente modernas (do séc. XVIII para cá) que desempenham funções equivalentes. Refiro-me às igrejas, sobretudo.
Igreja de Santa Maria
Como já referi em texto anterior, a cidade foi fundada há mais de mil anos, é uma relíquia da História sueca e também um aprazível local onde a estrutura hoteleira entretanto instalada ao longo do município (mais de 4000 camas) lhe permite ser um importante centro de conferências. Não é, pois, um amontoado de ruínas, é, sim, uma localidade viva e, fundamental, com vida própria. Nada a ver com Pompeia, Herculano ou Conímbriga e muito menos a ver com Balsa que continua miseravelmente debaixo do chão.
Duas curiosidades que esta simpática localidade me revelou:
- Teve durante muitos anos o mais pequeno edifício servindo de Câmara Municipal em toda a Suécia
- O último posto de telefone na via pública em toda a Suécia foi transformado em quiosque de troca de livros
É claro que o actual município tem sede num edifício maior (o primitivo está dedicado aos tempos escolares livres das crianças mais pequenas) e o quiosque de troca de livros fez-me pensar numa questão para que não tive «lata» de pedir informação: - Há quantas gerações já não há adultos analfabetos na Suécia?
A propósito de Câmaras municipais, amanhã vamos à de Estocolmo e fechamos a «loja» sueca.
(continua)
Janeiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca