VIKINGS – 2
Estocolmo é um conjunto de 14 ilhas e ilhotas mas é já fora do seu perímetro que se estende até ao mar Báltico aquilo a que eles chamam «o arquipélago». Não vou discutir a sintaxe nem a semântica suecas mas, para mim, a um conjunto de ilhas continua a chamar-se arquipélago sejam as ditas urbanas, rurais ou qualquer outra coisa. Só sei que fui corrigido quando disse que Estocolmo é um arquipélago. Que não, o arquipélago começa lá mais à frente em direcção ao mar. Pois sim; não será por isso que nos vamos zangar.
Então, para eu aprender a ter maneiras, fomos fazer um cruzeiro até ao final do «arquipélago» e nisso – entre a ida e a volta – navegámos três horas em que a partir de certa altura fomos escoltados por um mega navio de cruzeiros que «bateu a bola baixinho» para não fazer ondas que nos pusessem de pernas para o ar nem provocassem tsunamis nas margens pejadas de casas de férias dos muitos suecos verdadeiramente endinheirados. Mas nas ilhas mais próximas da cidade, vê-se que há muito «pobretanas» que ali vive o ano inteiro com barco à frente e carro nas traseiras. Ver qualidade de vida é algo que me dá enorme prazer mas que infelizmente faz inveja a muita criatura que não tem onde cair morta. Gostei do que vi mas, mesmo que pudesse, não me habilitaria a construir ou comprar casa naquelas paragens - não gosto de frio, prefiro o arquipélago que se estende frente a Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro ou o das Kirimbas no norte de Moçambique.
Mas, apesar do muito ou menos frio, só uma exclamação me ocorre: - Assim, sim!
E para que não restem dúvidas, aí vai mais uma vista:
E a maior parte das «casinhas», com a Bandeira Nacional hasteada.
(continua)
Janeiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca
(navegando entre Estocolmo e ilhas adjacentes)