VIKINGS - 1
Alguma vez seria a primeira em que me saberia pilotado por um fiel de Mafamede mas o Comandante Maomé lá nos levou até Hamburgo sem nos obrigar à quaisquer salamaleques no azimute de (da?) Meca.
Uma TAP «low cost style» com bancos hirtos e sem esse vício burguês do almoço ou jantar incluído no preço do bilhete. Redução à dimensão conveniente de um «elefante branco» que vivia pendurado nos sonhos imperiais e à ordem de Sindicatos que tudo chupavam mesmo para além do tutano. Temo que, não fora o Covid e a megalomania e o regabofe continuariam a imperar por aquela TAP adentro. Havia muito que não voava na TAP e notei grandes diferenças no sentido da razoabilidade necessária. Mas é claro que também eu preferia as antigas poltronas reclináveis aos actuais bancos de sumapau, as refeições servidas com talheres de Christofle em vez das actuais «sandes de coiratos»… Mas chegámos ao destino com a sensação de total segurança e isso, sim, era o que mais importava. Como em tudo o mais neste jardim à beira mar plantado, a ver vamos se conseguimos construir melhores dias. E isso dependerá sobretudo de nós, portugueses e só marginalmente dependerá de outros.
E assim foi que, por obra e arte de mãos orantes a Mafamede, aterrámos em terras de Lutero. Deixado o talionismo lá no «cockpit», regressámos à filosofia do perdão e iniciámos uma visita rápida a Hamburgo…
(continua)
Henrique Salles da Fonseca