UM CORPO ALUCINADO
Aquilo que o cérebro regista nos seus mapas e aquilo que a mente consciente sente não corresponde à realidade que poderia ser apreendida. Utilizamos o mecanismo da alucinação sempre que ingerimos moléculas com capacidade de modificar a transmissão ou o mapeamento de sinais corporais.
O álcool tem essa capacidade, tal como os analgésicos, os anestésicos e muitas outras drogas. Está bem de ver que, curiosidade à parte, o ser humano se sente atraído por essas moléculas devido ao desejo de criar sentimentos de bem-estar, sentimentos em que os sinais de dor são eliminados e se induzem sinais de prazer.
In O LIVRO DA CINSCIÊNCIA – A Construção do Cérebro Consciente, Círculo de Leitores, 1ª edição, Setembro de 2010, pág. 157.