SAUDAÇÕES NATALÍCIAS
Continuemos...
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Presépio - Machado Castro
ADEUS, ATÉ AO MEU REGRESSO
UM 2009 TÃO BOM QUANTO POLÍTICOS E ESPECULADORES PERMITAM
Desde há muitos anos, muitos mesmo, talvez desde os tempos de criança, a época do Natal, me envolve com um misto de alegria, por manter vivo o contacto com alguns amigos que a geografia nos separa e ao mesmo tempo uma sensação de amargor, de peso, até de tristeza, insiste em não me largar.
É muito bonito e alegre ver as crianças à nossa volta, a abrir, com os olhos a brilhar, os embrulhos com os presentes, SIMPLES, que todos lhes dão, e como são muitas, a algazarra é também muita.
Nesses momentos não consigo deixar de pensar naqueles que nada têm, muitos nem sequer conhecem o significado desta festa de Família, e o meu coração ali fica, procurando sorrir com a alegria de uns e num profundo aperto com o abandono ou tristeza dos outros.
Árvores de Natal imensas enfeitam cidades, como o Rio, Paris, Porto, e centenas ou milhares de outras, numa doente fobia por aumentar o movimento comercial, algumas almas caridosas trabalham com muito amor para aliviar a sorte de uns tantos, poucos, pouquíssimos, mas a imensa maioria das crianças, e das famílias, deste mundo em que quer queiramos ou não, todos somos irmãos, passa a noite de consoada fugindo às balas dos terroristas, chorando de fome ou a ver os seus entes queridos a morrer abandonados num mundo de mentira, onde não se comemora a Família, mas as vendas, as vendas, o lucro a qualquer custo.
Lembro ainda todos aqueles que fizeram parte da nossa vida, família ou amigos, como irmãos, com quem passámos dias animados ou em outras tribulações, e a quem já nem um cartão de Boas Festas podemos mandar.
Esta quadra é da Família. E Família engloba não só aqueles que a genética une mas ainda TODOS os outros que a ganância do lucro não deixa que se juntem e se abracem.
É Natal...
Rio de Janeiro, 26 de Dezembro de 2007
Francisco Gomes de Amorim
Votos de Feliz Natal e bom 2008
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