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A bem da Nação

ENCONTRO DA PRIMAVERA A BEM DA NAÇÃO

 

 

Conforme planeado, no dia 8 de Junho de 2006 e no local já conhecido de alguns – o restaurante A PATEIRA DA TAPADA – reuniu a assembleia dos mais militantes amigos do “A bem da Nação”, residentes em Lisboa e arredores.

 

Neste Encontro houve algumas particularidades que procurarei transformar em tradição:

  • Definíramos previamente os temas que poderiam servir de mote à conversa durante o jantar;
  • Tivemos um orador convidado;
  • Não me esqueci de levar a máquina fotográfica.

  No sentido dos ponteiros do relógio, a começar por Vicente Fernandes que está virado para a direita, Manuel Falcão, Constantino Xavier, Maria de Campos Martins, Henrique Salles da Fonseca, Luís Soares de Oliveira, Carlos Bernardo, Gil Alcoforado e João Araújo Franco

Os motes para a conversa durante o jantar eram “a questão dos selos ou a falência dos sistemas de controle” e “a reforma da Segurança Social portuguesa” mas a verdade é que o debate se desenvolveu entusiasticamente sobre a inoperância do Banco Central de Espanha e do Banco de Portugal pelo que já não chegámos à Segurança Social. “Guardado fica o bocado para quem o há-de comer” e a qualquer momento um de nós escreverá um texto que debateremos on-line assim suprindo o adiantado da hora no final do jantar.

 

A título de resumo direi que não há explicação para que a bolha dos selos tenha sequer existido e posteriormente rebentado pois que se tratava de um sistema de remuneração periódica de capitais investidos num bem sem utilidade reprodutiva (um selo ou uma colecção de selos não é uma commodity) em que a geração de rendimento só se consegue pela alienação, a funcionar num mercado aberto e em que o objecto do contrato ficava na posse de quem no processo se constituía como devedor. Aplicações financeiras com objectivo de remuneração periódica, praticáveis por qualquer interessado sem qualificação específica, prefiguram uma actividade susceptível de fiscalização pela Autoridade Monetária do país em que o processo se desenrola. Essas Autoridades actuaram tarde e a más horas, depois de a bolha ter rebentado mas isso não invalidará a identificação de eventuais crimes que a Justiça espanhola por certo tratará com a celeridade que os portugueses desconhecemos.

  Da esquerda para a direita, Gil Alcoforado, António Palhinha Machado e João Araújo Franco

A exposição que o nosso amigo Constantino Xavier nos fez sobre “Portugal e o Oriente numa perspectiva de futuro” teve a elevação que esperávamos e desejávamos. Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa, está em Nova Deli a fazer um Mestrado e ali desempenha as funções de correspondente do “Expresso”. Grande entusiasta da reaproximação luso-indiana, começou por nos traçar um perfil do que é actualmente a Índia, do peso que já tem na Economia mundial e do esforço que todos os países do primeiro mundo fazem para com ela estreitarem relações tecnológicas, científicas, económicas e mesmo culturais. Trata-se de uma potência inultrapassável no contexto mundial com quem temos, nós Portugal, que explorar trocas que resultem da identificação das respectivas vantagens comparativas.

 Da esquerda para a direita Constantino Xavier (de perfil), Carlos Bernardo e Gil Alcoforado

Não há dúvida, a História repete-se com 500 anos de intervalo e deixou-nos a todos com a certeza de que nos cumpre, a nós particulares, identificar as vantagens comparativas que poderemos apresentar em relação à Índia. Foi sobre essa grande questão que se desenrolou o fantástico debate que se seguiu mas a única conclusão que conseguimos apurar consistiu em que teremos que ser nós próprios a fazer esse trabalho de descobrir as oportunidades enquanto que ao nosso Governo (que só tem olhos para o Brasil e África) apenas deveremos pedir apoio diplomático, caso necessário.

 

Mas também ficou claro que a recuperação dos laços culturais e a cativação para a nossa convivência dos “portugueses abandonados” pode ser o pretexto para o reatamento de importantes laços comerciais – a cerveja “Sagres” já por lá se vende a preços de luxo – mas ainda não apareceu o primeiro hotel português em Goa, Estado cujo modelo de desenvolvimento se baseia no Turismo.

  João Araújo Franco, à esquerda e Vicente Fernandes

Esperemos que até ao próximo Encontro “A bem da Nação”, o do Ano Novo, nos seja possível identificar motivos para que os “portugueses abandonados” se vão sentindo resgatados.

 

Lisboa, 10 de Junho de 2006

 

Henrique Salles da Fonseca

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