ALGUMAS PALAVRAS DE ORIGEM PORTUGUESA EM USO EM BAÇAIM
Cunyadh – Cunhado
Khameez – Camisa
Madrine – Madrinha
Mez – Mesa
Naat ou Naatu – Neto
Navra – Noivo
Navri – Noiva
Padrine – Padrinho
Sapatan (“n” mudo) – Sapatos
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Cunyadh – Cunhado
Khameez – Camisa
Madrine – Madrinha
Mez – Mesa
Naat ou Naatu – Neto
Navra – Noivo
Navri – Noiva
Padrine – Padrinho
Sapatan (“n” mudo) – Sapatos
Junto da parede oriental da Catedral, o canto sudeste do forte acaba numa torre redonda na qual se encontra um velho canhão.
A cerca de 150 passos para nordeste, ao longo do cimo da muralha, a torre oriental com dois velhos canhões domina a vista sobre o Revdanda em direcção a sul e, através do mangal, o caminho para Chaul.
A alguma distância da parede leste e para norte da Catedral, os restos das muralhas que foram construídas em volta do castelo entre 1521 e 1524 estão em ruínas admitindo-se que as pedras em falta tenham sido usadas na construção do novo muro em 1577 ou 1638. A norte desta antiga muralha há um edifício com uma porta encimada por uma cruz.
O edifício é térreo, tem janelas laterais de grandes dimensões e tecto abobadado mas está cheio de detritos como se provenientes de um andar superior que tivesse ruído. Os habitantes chamam-lhe kothi que na língua indiana significa celeiro. Contudo, as grandes janelas mostram que não era um celeiro e a cruz sobre a porta mostra à evidência que se tratava de um edifício religioso; de certeza, o Hospital da Misericórdia.
As Misericórdias foram introduzidas em Goa no ano de 1514 por Afonso de Albuquerque e a sua expansão ficou a dever-se a Nuno da Cunha sobretudo a partir de 1532.
A Misericórdia de Baçaim é das mais antigas da Índia e a Fazenda Real portuguesa contribuía com dinheiro e arroz pagando também os serviços de um médico, um cirurgião e um barbeiro. Em 1546 recebeu mesmo um subsídio excepcional de 200 pardaos devido ao elevado número de feridos ali tratados na sequência do segundo cerco de Diu. De início administrada pelos franciscanos, a partir de 1580 passou para os jesuítas. A partir de 1634 o seu financiamento mensal passou a ser o correspondente ao valor de treze candis de arroz.
A cerca de 140 metros do hospital, o canto nordeste do forte é protegido por um grande baluarte com vista para um pequeno patamar conhecido por Pagareka Bandar ou alto Revdanda. Do lado norte, há um fosso e a cerca de 100 metros há a torre nordeste que é uma das grandes obras de todo o conjunto. No interior do recinto há grandes edifícios abobadados que terão servido como casernas ou armazéns. Através de um desses edifícios tem-se passagem para a muralha onde actualmente crescem ervas devido à lastimável falta de manutenção.
A cerca de vinte metros para oeste da entrada do forte, uma abertura de cerca de 1,2 metros de altura, conduz a uma passagem para o exterior que se diz passar por baixo do fosso.
Esta, a engenharia militar portuguesa de então, restos de um passado ainda hoje sentido que leva muitos habitantes de Baçaim a estudarem a História e a dizerem-se portugueses.
E nós, que fazemos por eles?
Fevereiro de 2016
Henrique Salles da Fonseca
(frente ao Arco dos Vice Reis, Goa, Novembro de 2015)
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