Precisa-se urgentemente de medidas drásticas que revertam o caótico quadro em que se encontra o sistema de Saúde do país. Há pouco mais de uma década que as coisas vão se agravando com tentativas pífias de melhorar a situação fechando os olhos para os mais graves problemas e focando a solução em situações que visam resoluções de cunho ideológico, que em nada resolvem as nossas abismais deficiências. Programa Mais Médicos, abertura de mais Escolas de Medicina sem infra-estrutura humana e física para formar profissionais competentes, inaugurações de postinhos de Pronto-atendimento, tudo em vão...porque não é essa a principal falha, a falta de uma boa gestão.
Medidas paliativas, ineficazes, administrações fraudulentas, feitas por gente perdida e incompetente que não sabe atacar os problemas, ceifam vidas diariamente.
O povo carente que depende do SUS morre à míngua nas portas e corredores dos hospitais por falta de atendimento e medicamento, por negligencia e irresponsabilidade das autoridades (in)competentes, é a morte anunciada, é a Mistanásia patrocinada pelo governo! Médicos e agentes de saúde não têm mais o que fazer para minorara as deficiências do sistema de saúde por isso cada vez mais abandonam o serviço público por falta de condições para atender os pacientes.
Mal que atinge cada vez mais as pessoas, pelos apelos da sociedade moderna, a ansiedade excessiva apresenta aspectos psíquicos e manifestações físicas que prejudicam a saúde e a qualidade de vida. Quando essas manifestações se tornam respostas exageradas, recorrentes, a medos imaginários, irracionais, sem motivação real a situações ou objectos comuns chamamos fobias. Pessoas neuróticas em geral são as mais acometidas. Submetidas a alguma situação ou objecto especificamente estressante as pessoa fóbicas podem apresentar choro compulsivo, tremores, sudorese, taquicardia, respiração ofegante, e até ataques de pânico, com descontrole total, mental e físico.
Independe de factores sociais ou ambientais a fobia é desencadeada por um temor exagerado ou infundado, mesmo diante de uma explicação convincente, diferentemente do medo que representa uma resposta de preservação física diante de um real perigo. Temos medo de ao atravessar uma rodovia sermos atropelados, de andar à noite em ruas desertas e sermos assaltados,... São situações de verdadeiro risco que deixam nosso organismo em alerta, com medo. Já a fobia aparece quando o indivíduo se vê à frente de uma situação para a maioria corriqueira, mas para o fóbico cruciante, temerosa. Pessoas normais têm medo, não fobia. O medo há como lidar com ele, evitando o perigo, solucionando problemas; a fobia precisa de tratamento.
Sigmund Freud, fundador da psicanálise, dizia que a fobia tinha origem em algum episódio traumático ocorrido na infância e que deixou marcas no subconsciente. A pessoa não sabe o porquê do medo, só sabe que ele aparece quando vê algo ou passa por alguma situação específica. A coisa de que se tem medo seria o símbolo de outro medo inconsciente. A psicanálise tenta desvendar o mistério aplicando testes e recorrendo a métodos de regressão psicanalítica.
As fobias podem levar a doenças físicas como hipertensão e a ataques de pânico com limitação de expectativa de qualidade de vida. Na fobia social o indivíduo evita sair de casa, não quer ser observado ou criticado, sente-se mal com a avaliação que possam fazer dele, tem medo de ser depreciado ou não corresponder ao que esperam de sua pessoa. São as fobias de quem tem pavor em falar, escrever ou assinar documentos e cheques em público, de dar aula, ou de se encontrar no meio de um grupo de gente. É o medo exagerado de ser confrontado, ou ser humilhado num ambiente social. Esse tipo de fobia, frequente em pessoas susceptíveis com baixa auto-estima, nas tímidas com dificuldade em se sociabilizar, e em migrantes, pode prejudicar as relações interpessoais e até profissionais. Esses indivíduos tendem à depressão ou a se anularem socialmente, ou ainda a recorrerem a drogas, como o álcool. Com certa frequência foram crianças submetidas a algum tipo de bullying e que carregaram essa marca para a vida adulta. Detectada a doença, quanto mais cedo se começa com exercícios de psicoterapia de apoio, e até, se necessário, drogas antidepressivas ou ansiolíticas, melhor será a resposta ao tratamento. A escola ajuda muito quando observa a criança e avisa os responsáveis ao perceber o problema.
Agorafobia trata-se de um transtorno psíquico quando a pessoa tem medo de ter medo. É, em extremo, a sensação de que vai morrer ou ficar louca aquele momento (ataque de pânico). É uma distorção cognitiva, em que se supervaloriza uma situação de risco. É o medo de não ter recurso, de não ter ajuda, de não ter saída. O indivíduo não se importa em ser criticado ou avaliado pelas outras pessoas, só o medo de não ter como escapar de uma circunstância difícil o perturba. Ficar em casa ou em lugar seguro, rodeado por quem possa ajudá-lo é o que deseja. Isso limita-lhe as vivências. São pessoas com medo de certos animais, de atravessar túneis, subir a locais altos, entrar em elevadores, ficar em lugares fechados ou desconhecidos, de viajar de navio ou avião. Esses fóbicos sofrem por antecipação, por problemas imaginários que raramente se tornam reais. Em comum foram crianças que tiveram pais super protectores, preocupados demasiadamente em proteger os filhos dos riscos e perigos da vida quotidiana. Nestes casos o melhor seria tentar dessensibilizá-los através de técnicas de exposição gradativa ao objecto ou situação fóbica, e nos quadros agudos com técnicas de relaxamento onde o paciente usa a imaginação, a respiração e ansiolíticos. Treinar com ajuda do terapeuta a enfrentar o que lhe causa a fobia, várias vezes, até controlar o medo ou diminuir o grau de ansiedade a um limite razoável, ou cognitivamente anular os pensamentos instintivos, confrontando-os com a realidade, seria uma forma de tratamento em longo prazo.
Aprender a hierarquizar ansiedades e medos é definir fobias. Combatê-las é uma questão de paciência e persistência para toda a vida.
Quem coloca o jindungo no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope, vitaminas, benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos que agora estão sendo comprovados pela ciência. O jindungo faz bem à saúde e seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca. Essa afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento ardido deve ser evitado. O jindungo traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas.. Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! A substância química que dá ao jindungo o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.
No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina. No jindungo, é a capsaicina. Surpresa! Elas provocam a liberação de endorfinas - verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica! O mecanismo é simples: Assim que você ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina ativam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica úmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo. Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um tipo de barato, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro. E tudo isso sem nenhuma gota de álcool!
Quanto mais arder o jindungo, mais endorfina é produzida! E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca. E tem mais: as substâncias picantes do jindungo (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago. Possuem efeito carminativo (antiflatulência).
Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente. Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente ação antioxidante (antienvelhecimento) da capsaicina e piperina. Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que o jindungo, tanto do gênero piper (pimenta-do-reino) como do capsicum (jindungo), tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios ativos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio. Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protetores do DNA celular. Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que previnem o cancro.
Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui componentes que promovem e preservam a saúde. Hoje ela é usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na prevenção de arteriosclerose. Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois acreditam que possa causar mais mal do que bem. Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm revelado que o jindungo não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão.
DOENÇAS QUE O JINDUNGO CURA E PREVINE
Baixa imunidade - O jindungo tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate à aids com resultados promissores.
Cancro - Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio ativo. Depois de algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem afetação das células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais. Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esôfago.
Depressão - A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado tb à melhora do ânimo em pessoas deprimidas.
Enxaqueca - Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor. Esquistossomose - A cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi usada em uma substância semi-sintética por cientistas da Universidade de Franca e da Universidade de São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.
Feridas abertas - É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado diretamente sobre a pele machucada. Gripes e resfriados - Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de um pequeno jindungo por dia, como se fosse uma pílula.
Hemorróidas - A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com jindungo para uso tópico.
Infecções - O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo contrário, até estimula a recuperação imunológica.
Males do coração - O jindungo caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.. Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial.
Obesidade - Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o apetite nas seguintes. Um estudo revelou que o jindungo derrete os estoques de energia acumulados em forma de gordura corporal. Além disso, aumenta a temperatura (termogênese) e, para dissipá-la, o organismo gasta mais calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.
Tensão alta - Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.
Hoje, dia 18 de outubro é Dia do Médico. E os profissionais que lidam diuturnamente com a população doente não têm nada a comemorar. Os objetivos da medicina moderna, oferta de qualidade de atendimento profissional e saúde à população em geral, estão longe de serem atingidos.Em 1988 a Constituição Federal elaborou o SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) para assegurar a todos os brasileiros os atendimentos básicos e universais de assistência médica. Mas passados 24 anos chegamos à triste conclusão de que não concretizamos esse projeto.
Somos 380 mil profissionais em todo o país. Mal pagos, mal alocados, mal preparados, mal distribuídos pelo território nacional. A maioria trabalhando num sistema de saúde público mal gerido, subfinanciado pelo Estado e Municípios. Ambulatórios e postos de Pronto –Socorro, atulhados, onde não raras vezes os paciente são colocados em macas espalhadas pelo chão. Faltam aparelhos, medicamentos, vagas nas UTIs, leitos intermediários e profissionais especializados, que se recusam a trabalhar nestas caóticas condições de atendimento.Mas o Governo é simplório nas suas explicações:Estamos investindo na prevenção, na tendência mundial de empregar remédios e equipamentos modernos, em programas de saúde ambulatoriais elucidativos e preventivos, que dispensaminternações. Finge ignorar que, infelizmente, a nossa população ainda não está nesse patamar de educação e saúde encontrado nos países mais ricos e evoluídos. A população precisa,e muito, de hospitais e tratamentos médicos convencionais, pois o país ainda não resolveu seus problemas de saneamento básico e nem de oferta de água encanada e tratada a todos os cidadãos. Dizendo alavancar a qualidade de saúde da população, os governos abrem postos ambulatoriais, liberam exames sofisticados , remédios de ultima geração, mas não oferecem respaldo hospitalar aos necessitados e capacidadeabrangente de atendimentopreventivo e rotineiro a toda população. Nos últimos 7 anos desapareceram 42 mil leitos hospitalares da rede pública. Foram menos 9.297 leitos em Psiquiatria, 8.979 em Pediatria, 5862 em Obstetrícia, 5.033 em Cirurgia Geral e 4.912 em clinica médica, as especialidades mais procuradas e deficitárias. Enquanto isso os doentes esperam nos corredores dos Postos de Saúde uma vaga hospitalar para se tratar ou a morte chegar.
A impressão que se tem é que aqui tudo se faz na marra. Para tirar a população do desequilíbrio sócio-educacional o governo faz de tudo; distribui bolsas de todo o tipo, ganha-se mais desempregadoque trabalhando. Abre escolas a rodo, sem condições de formar profissionais com qualificação acadêmica suficiente.Aprendendo ou não, não se reprova. Vagas para negros, pobres e egressos de escolas públicas, são distribuídas obrigatoriamente, em forma de cotas.Se os estudantes têm condições de acompanhar as aulas ...isso não se questiona. Os nossos dirigentes têm uma forma equivocada,enganadora, politiqueira,depromover a evolução: na marra.
Fonte dos dados:
Jornal do Conselho Federal de Medicina ( setembro/12)
“Tamanho não é documento”, diziam os antigos quando coisas grandes ou pessoas altas não correspondiam a contento. Mas eis que chegam as modernas pesquisas que, de forma discriminatória, querem demonstrar que os mais altos são mais destacados e felizes.
Publicado recentemente em renomada revista do país, o artigo diz que a média da altura dos brasileiros, segundo as estatísticas do Exército, cresceu sete cm no prazo de 30 anos. Divulga também, que ser mais alto é indicativo de ser mais saudável (fonte: American Journal of Cardiology), mais inteligente e ter mais probabilidades de sucesso na carreira profissional.
É evidente que, com a ajuda nutricional farta e variada, com as vacinas preventivas de doenças na infância, e os tratamentos médicos mais acessíveis à população em geral, o Homem tenha conseguido aumentar a média de crescimento e de tempo de vida. A história mostra e comprova por estudos antropológicos que o homem contemporâneo é mais alto que o pré-histórico, mas daí exaltar a altura como o indicativo de sucesso social, é no mínimo um olhar preconceituoso.
Até numa visão inicial, mais impessoal e distante, pode-se dizer que a altura traz maior visibilidade. Todavia com uma avaliação mais próxima, aquilo que se quer como verdade, nem sempre se confirma. É como uma foto que mostra a impressão gráfica de um momento da nossa universalidade, e não o verdadeiro Eu, o integral, a realidade.
Alto ou baixo, cada um tem qualidades e defeitos, vantagens e desvantagens, independentes ou associadas à estatura. Mas acaso não são as limitações que nos levam a lutar pelas superações? Não é a necessidade o combustível para grandes transformações que mobilizam a Humanidade!
A ciência confirma: o DNA determina o nosso limite. Completa a antropologia: porém atingi-lo não depende só da alimentação e prevenção de doenças, mas também do ambiente, motivações e empenho para se atingir o seu máximo.
As diferenças entre os homens são naturais e bem-vindas, pois trazem a riqueza da variedade, o potencial das opções. Se assim não fosse, como explicar a importância de Napoleão, ou o poder de sedução de Marilyn Monroe, ambos baixos para os parâmetros métricos actuais de sucesso! Não é o tamanho ou a aparência da matéria que determina o carisma, o êxito do indivíduo, mas sim seus divinos dons, bem lapidados!
É na terceira idade, maneira “polida” da mídia se referir aqueles que já passaram dos sessenta, que se percebe “na carne” o quanto as emoções abalam o indivíduo. Se antes, na juventude, elas fustigam de leve, sem grandes repercussões físicas e mentais, na velhice são verdadeiras tempestades que arrasam e aniquilam. Derrubam sim, pois não há noite bem dormida, massagem relaxante ou creme tonificante que acabe com aquela feição abatida, aquela ruga vincada acrescida na face, ou aquele cabelo branco que ontem não estava ali, na cabeleira grisalha, e que a vaidade insiste em esconder ao pintá-la. Quantas vezes dores de cabeça, tremores, taquicardias, gastrites rebeldes, má digestão, “nó” na garganta, boca amarga, cólicas abdominais sem explicação são sinais de emoções mal resolvidas.
O stress pode transformar a emoção numa doença psicossomática, que o digam os clínicos, os gastrenterologistas, os cardiologistas, os geriatras e neurologistas, que atendem todos os dias pacientes idosos que perambulam de consultório em consultório em busca de solução para suas feridas físicas e mentais. Eles querem um profissional que os ouçam, que aplaque seus temores, que alivie suas dores que parecem não ter fim... E quando bem diagnosticados, depois de bem avaliados, os profissionais descobrem que ouvindo os pacientes, interessadamente, já trataram 50% das suas doenças.
Ignorado pelo médico e familiares, o idoso poli-queixoso tem mais chances de desencadear uma doença abrupta grave, seja degenerativa cerebral ou até mesmo cardiocirculatória, que qualquer outro paciente. No velho o stress é sempre uma situação de perigo.
A velhice precisa de um lar seguro e aconchegante, uma família amorosa e participativa, um médico atencioso e constante, uma sociedade respeitosa para ser feliz. No tabuleiro da vida devemos movimentar as peças com tino, prudência, raciocínio, prever situações de risco, evitar surpresas desagradáveis que mudem para o pior o destino. É vital lembrar que, com a idade, uma emoção desagradável pode ser desastrosa para a qualidade de vida.
Desenvolver o lado lúdico e afectivo dos relacionamentos, dar e aceitar o toque pessoal, unir o prazer às actividades quotidianas, preencher os dias, viajar, ver coisas e lugares novos, é promover a saúde física e mental. Resgatar a importância do idoso para a sociedade e família, como elemento de experiência e sabedoria, é tornar a vida melhor, mais rica e feliz, mais longa para todos, velhos e jovens.
Escalda-se o bule de preferência de porcelana, cerâmica vitrificada ou vidro. Note: o bule deve ser limpo com água e rodelas de limão, nunca use detergente! E deve ser usado sempre para esse mesmo fim: fazer o chá.
Deita-se uma colher de chá ou um saquinho (de musselina) por chávena no bule. Evite as saquetas de papel que podem liberar com o calor substancias tóxicas que fazem mal à saúde.
Deitar água filtrada bem quente, quase a ferver, sobre as folhas de chá que estão no separador. Abafa-se e deixa-se em infusão por 3 minutos (chá preto). Retira-se as folhas para não dar gosto de cozidas ou passa-se no coador para servir.
Deve-se evitar adoçar para não alterar o gosto do chá ou então usar mel. Consumir até dez minutos, em chávena de porcelana previamente escaldada, para aproveitar o aroma e as propriedades benéficas do liquido.
Como o chocolate e o café, o chá, bebida universalmente difundida, é apreciada pelas suas propriedades aromáticas, palatáveis e salutares há mais de quatro mil anos. Entre nós, quando oferecida, é sinal de bom gosto e hospitalidade. Originário das montanhas do sudeste da Ásia, planta da família das camélias, ritualizada na China, Japão e Índia, na Europa chega a ser usado até como remédio. Apesar de algumas controvérsias, segundo o Livro do Chá ( J. Duarte Amaral), na Inglaterra tomar chá à tarde acompanhado de bolinhos é hábito nacional introduzido em 1662 por D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV de Portugal e esposa do rei Carlos II da Inglaterra.
D. Catarina de Bragança (pintura a óleo)
Museu dos Coches, Lisboa
Fonte da foto: O Livro do Chá (J. Duarte Amaral)
Depois de colhido, as folhas emurchecidas e processadas (enroladas, fermentadas, secas e embaladas) transformam a clorofila em teofilina responsável pela cor castanho escura do chá preto. Comercializado em folhas e saquinhos é consumido no mundo inteiro. Na composição do chá há uma gama enorme de substâncias que lhe dão diversificadas propriedades. Além da teobromina, consagrado bronco dilatador, tem xantina, alcalóide semelhante à cafeína, ácidos amino-orgânicos, saponinas, polifenóis anti-oxidantes, sais minerais, lipídios, flúor, ácidos graxos, carotenóides, e polissacarídios voláteis responsáveis pelo aroma. Essa rica composição possibilita efeitos como:
-Alivia dores de cabeça, cólicas e vertigens.
- Combate a fadiga física e mental.
-“Purifica” estômago e fígado
-Estimula a função digestiva, renal e cerebral
-Activa a memória
-Facilita a diurese
-Mitiga a sede -Tem capacidade protectora antioxidante
-Previne cáries dentárias (quanto usado em bochechos após as refeições)
-Acelera a digestão e o metabolismo do colesterol
-Diminui a incidência da hipertensão arterial (não tem cloreto de sódio)
-Estimula a recuperação de doentes
-Inibe a produção intestinal de numerosas substâncias cancerígenas
-Ajuda a emagrecer
-Previne a formação de cálculos renais
-Combate o mau hálito principalmente na ingestão de alho, cebola e bebidas alcoólicas.
-Sem açúcar, é a bebida ideal para os obesos.
Em uso tópico ou local, foi usado como anti-micótico nos pés, acalma as irritações de pele. Dá brilho aos cabelos quando usado para enxaguá-los. Em compressas embebidas de chá ajuda a aliviar olheiras quando os olhos estão cansados. Mantém as cores dos tecidos. Pode ser usado para adubar plantas. No Oriente, dá até prognósticos para o futuro, quando as folhas se depositam no fundo da chávena, permitindo uma interpretação pelo adivinho.
“Uma chávena de chá por dia ou mais livra-te de ir parar nos hospitais; Uma chávena de chá por dia mantém a doença arredia!”Diziam os ingleses e americanos defendendo o seu produto. Com tantas qualidades, eu te proponho: Vamos tomar chá?
Além das agressões e assédios sexuais de que a infância e adolescência estão sendo vítimas, de uma forma mais visível, da liberação sexual conquistada a partir da década de 60, com o uso de anticoncepcionais e regras sociais-familiares mais frouxas, a juventude está iniciando a vida sexual mais cedo.
No Brasil, na região sudeste, 15 anos é a média de idade para esse início, sendo que em áreas mais carentes é ainda menor. Imaturos física e psicologicamente, os jovens usam os métodos anticoncepcionais (quando usam) de modo irregular propiciando falhas na protecção a doenças infecto-contagiosas e a gravidezes indesejadas. Trocam de parceiros frequentemente, o que aumenta de 4 a 6 vezes o risco de desenvolver doenças como HPV (papiloma vírus humano), AIDS/SIDA, sífilis, herpes genital, processos inflamatórios pélvicos agudos e crónicos (DIP), facto que traz graves consequências para as jovens adolescentes, como dores pélvicas crónicas, obstrução das tubas uterinas, gestações ectópicas (tubárias), aderências pélvicas, dispareunia, e esterilidade.
A adolescência está correndo risco de diminuir sua capacidade de fertilidade. Num mundo que envelhece, é preciso educar e orientá-la para garantir o futuro.
Fonte: Doutora (revista Médica de informação científico-cultural - Ano V, n.º 5, pg 47)
Sobreviver é meta genética de todo o ser. E a cada época da finita existência as dificuldades mudam, com as novas exigências do ambiente. Se no inicio de tudo a falta de alimento foi o maior obstáculo à perpetuação do Homo Sapiens na terra, hoje, na era digital, o desafio é superar a ignorância e a sombra, projecção fosca e apagada da humana presença.
O homem da actualidade não quer só um abrigo e comida, motivado pela sociedade mediática e consumista, quer também conforto, bens e reconhecimento. Na busca pela “luminescência”, aqueles que não foram premiados pela natureza com dons especiais (aptidões inatas para alguma actividade) ou com a artística criatividade (capacidade individual de, através da emoção, manipular e exteriorizar imagens, sons, escritas, toda a sorte de arte e ciência, adquiridas com aprendizado e vivência), têm que “ralar” pelo sucesso nos seus empreendimentos.
Dentre as profissões que mais exigem do indivíduo, a medicina desponta de maneira mais proeminente. No mundo globalizado, ser um bom médico é mais que trabalhar as 8 horas diárias (no Brasil), é estar disponível 24 horas do dia, quando solicitado. É ter a agenda sempre cheia, fazer várias actividades ao mesmo tempo, ser social e profissionalmente reconhecido e respeitado pelos seus pares e pacientes. Conseguir isto sem ónus pessoal, é missão quase impossível.
Foi H.J. Freudenberger, psicanalista americano que em 1974 teve sua vida conturbada por dificuldades e frustrações que o levaram a um distúrbio físico e mental ao qual ele chamou de “Burnout”, palavra inglesa para dizer de algo ou de alguém que se apagou por falta de energia. Fósforo que se queimou, individuo que se gastou pelas exigências da profissão e da vida.
Não é incomum nas grandes comunidades o médico entre 10 a 15 anos de formado, no auge da maturidade, depois de uma semana desgastante de atendimentos no consultório e em hospitais, e de plantões, inclusive nos finais de semana e feriados, esgotado física e emocionalmente, ter a sensação de que consumiu a vida e a mocidade no trabalho. Vivendo em prolongado e permanente stress, em ambientes insalubres e não raras as vezes deprimentes, sem descanso suficiente, ao final de certo tempo, sente-se exaurido física e psicologicamente. É a síndrome de Burnout que chegou e ele não percebeu.
Tudo começa com uma sensação de mal-estar, o profissional sente dores nos ombros, como carregasse um enorme peso sobre eles, tem uma cefaleia tensional persistente. Durante os atendimentos, sobrevém uma ansiedade permanente, uma urgência em solucionar tudo e rapidamente. Aparecem crises de sudorese profusa, palpitações, dores pré-cordiais, diarreias e problemas digestivos sem motivo aparente. O indivíduo torna-se insone, inapetente. Sempre tenso, cria rugas de expressão, embranquecem os cabelos, envelhece precocemente. No exercício da actividade profissional passa a ter dificuldade em se concentrar, em raciocinar com clareza, em tomar decisões e atitudes com presteza. No afã de tudo resolver, passa a esquecer dados, tem movimentos irrelevantes, comete erros. Cai a performance profissional que depois de algum tempo repercute na sua vida social.
Com o vício adquirido na formação médica em que aprende a servir e não a ser servido, ignora que está doente, que precisa ser atendido. Reputa o que se passa ao cansaço. Quando faz exames e não há alterações laboratoriais, diz que é só estafa, que basta algumas horas de sono e tudo está resolvido. Mas quando volta ao trabalho, sente tudo novamente. Vêm as ideias drásticas. Pensa em trocar de profissão, mudar de vida. Pensa em viver mais calmamente, dormir as 8 horas por dia (necessárias e receitadas aos pacientes), tirar férias todos os anos, sair com a família nos finais de semana, ter horários fixos para as refeições, dar uma cochilada após o almoço (sem interrupção de chamadas telefónicas). Pensa em ter tempo para um hobby que o relaxe e recarregue as energias vitais. Quem sabe não possa exercer alguma actividade que permita expandir o seu potencial polivalente, que lhe traga mais tranquilidade existencial e que lhe dê o retorno financeiro de que precisa para sustentar a família? Mas logo “cai na real”. Como é que na altura da vida em que se encontra, com tantos compromissos familiares e sociais, vai largar o que faz e começar algo para o qual não foi preparado? É pular no escuro. É arriscar a ter outros e até piores problemas.
Na grande maioria das vezes o profissional persiste no seu ofício. Porém, quando continua com a mesma rotina, torna-se impaciente, irritadiço, pessimista, depressivo. Passa a se achar injustiçado pela vida, pela sociedade, por ele mesmo, pode até apresentar sinais psíquicos de paranóia. Apresenta dificuldades nos relacionamentos, evita reuniões sociais, busca o isolamento. Acaba procurando na bebida e nas drogas alento para o seu sentimento de frustração e vazio. Se persistir no estilo de vida que lhe causa stress acaba sucumbindo a um enfarto, adquirindo uma ulcera digestiva ou outra doença psicossomática que lhe tira a saúde de vez.
O candidato a ter a Síndrome de Burnout é em geral um indivíduo consciente, com grande senso de responsabilidade profissional, que leva a vida muito a sério, que não sabe relaxar. Não sabe dizer não, sempre disposto a atender mesmo que haja outro para fazê-lo.
Como mudar conceitos e valores pessoais e de formação profissional a essa altura da vida? Como vencer as pressões da sociedade e as exigências dos familiares? Saber o que é o melhor para a saúde eles sabem, mas pôr em prática o que se precisa, não é fácil. Aqueles poucos que arrancam para outro tipo de vida são aventureiros corajosos, em geral, sem dependentes. Eles podem ou não encontrar a cura, tudo vai depender da adaptação ao novo ambiente de trabalho. A maioria tenta harmonizar as suas necessidades com mudanças na actividade profissional que lhe dêem melhor qualidade de vida, e que lhe permitam sobreviver.