Quando o Ocidente abandonou o Xá da Pérsia, este foi substituído por Khomeini e sua hierocracia, com as consequências dramáticas que conhecemos e que perduram há 40 anos;
Quando nós, os do Ocidente, enforcámosSaddam Hussein, sucedeu-lhe o caos e surgiu o grupo armado do Estado Islâmico;
Quando Mubarak foi abandonado, sucedeu-lhe Mohamed Morsi, destacado membro da Irmandade Muçulmana, seguidora do wahhabismo, a versão mais radical do sunismo;
Quando promovemos a demissão de Ben Ali, da Tunísia, sucedeu-lhe o Ennahda, partido islâmico que nasceu em 1981 com o nome de Movimento de Tendência Islâmica inspirado na Irmandade Muçulmana do Egipto;
Quando pactuámos com o derrube e assassinato de Khadafi, ele foi substituído pelo caos total e fomos «prendados» com a onda de imigrantes muçulmanos na Europa.
Estávamos ansiosos por uma "Primavera Árabe" e obtivemos um "Inferno Islâmico". Sempre que abandonámos um ditador num país muçulmano, obtivemos algo muito pior.
Como poderemos afirmar que vencemos com a mudança? As pessoas nesses países são mais felizes? Vimos algum avanço na democracia?
O ponto comum nesses ditadores depostos é que todos eles eram leigos, ferozmente opostos aos islamitas que reprimiam com mão de ferro. A sua substituição promoveu não a democracia e os direitos humanos mas precisamente o seu contrário.
Na Síria, o Ocidente está a fazer tudo para se livrar de Assad mas, se chegarmos lá, podemos com toda a certeza apostar que ele será substituído por algo muito pior. Mais uma vez, a diferença entre esse ditador e aqueles que o sucederão é que ele é um leigo e depois dele, os islamitas vão tomar o poder. E, como temos visto noutras paragens, com terríveis consequências para as populações.
Não estou com isto a querer desculpar as barbaridades que os ditos ditadores fizeram. Quero apenas recordar o ditado português que diz «aquele que depois de mim virá, bom de mim fará».
E porquê tudo isto? Porque o Islão, na sua vertente sunita, proíbe a exegese dos seus textos sagrados, exige a respectiva aplicação literal e isso produz procedimentos totalmente incompatíveis com os princípios democráticos e com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Solução?
Há duas hipóteses:
Convencer o clero sunita a proceder à exegese dos seus textos sagrados no sentido da infinita bondade de Alá;
Criação de regimes políticos autoritários que façam o clero sunita temer mais o ditador laico do que a ira divina.
* * *
É que a vida deve ser vivida olhando para o futuro, mas só pode ser entendida olhando para o passado.
Nesta saga, o nosso primeiro grande erro foi há 40 anos termos abandonado o Xá da Pérsia e, entretanto, não termos aprendido nada.
Fevereiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca
(Jan08 – na Grande Mesquita de Delhi)
FONTE: texto francês de Autor não identificado que me foi enviado pelo meu Amigo Coronel Cav. José Diogo Themudo
A conquista muçulmana não militar da Europa a que assistimos actualmente, que de início era feita por supostos refugiados de guerras no Médio Oriente, evoluiu para um movimento que se presume organizado, premeditado e planeado.
Tudo leva a crer que essa movimentação seja promovida por quem disponha de avultados meios financeiros, suficientes (ou mesmo mais do que suficientes) para conseguir assumir mega-custos, nomeadamente os relativos aos fees exigidos pelos traficantes que transportam os miseráveis (islamizados) desde origens subsaarianas até às fronteiras meridionais da UE.
Tomando em consideração o que se sabe do passado no que respeita ao compromisso estabelecido no séc. XVIII entre Muhammad bin Saud (1692 - 1765), primeiro emir da Al-Diriyah e fundador do Reino Saudita e o teólogo Ibn al Wahhab (1703 - 1792), é admissível que esses financiadores sejam, para além da própria Arábia Saudita, os demais Estados super-ricos sunitas do Golfo, o Bahrein, o Katar, o Kuwait, Oman, Abu Dhabi e até mesmo o «moderado» Dubai.
E que fazem os Estados europeus? Ao abrigo do princípio de que a Europa deve ser um espaço de acolhimento de quem se sente mal noutras regiões do mundo, criam condições favoráveis à instalação desses «refugiados» construindo Mesquitas, instalando Madraças, institucionalizando o ensino do árabe e sustentando os «imigrantes» com subsídios. Destes, consta que 78% dos homens e 92% das mulheres não trabalham. Ou seja, vivem dos nossos impostos e o «politicamente correcto» pôs-nos a pagar a nossa própria destruição.
Mas – e lá vem o tal «mas» tão frequente - parece que já vai havendo quem queira fazer algo contra a invasão em curso opondo-se ao establishment político a que os established se apressam a apelidar de populistas, reaccionários, extremistas (de direita, claro, mesmo que o não sejam).
Neste momento, Novembro de 2018, há já 8 países da União Europeia com Governos claramente contrários à invasão. São eles a Áustria, a Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, a Hungria, Itália, Polónia e a República Checa. Mas também já os há com membros dos respectivos Parlamentos defendendo claras posições contrárias à progressiva islamização das sociedades europeias. Esses Deputados estão presentes nos Parlamentos da Alemanha, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Letónia, Holanda e Suécia.
Contudo, ainda há muitas avestruzes na Europa escondendo a cabeça na areia fingindo que o problema não existe. Trata-se da Croácia, de Espanha, Estónia, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Portugal e Roménia.
Oxalá que, quando tirarem a cabeça para fora do buraco, o problema não tenha assumido proporções semelhantes à do Kosovo. É que os cristãos kosovares ainda puderam refugiar-se na Sérvia mas nós não temos uma Sérvia à nossa espera.
Josip Broz Tito, filho de pai croata e mãe eslovena, Marechal, fundou a República Socialista Federativa da Jugoslávia tendo conseguido, entre 1953 e 1980, manter a unidade territorial dos chamados “seis povos jugoslavos” (bósnios, croatas, eslovenos, macedónios, montenegrinos e sérvios), todos em pé de igualdade num regime federal.
Com mão de ferro, governou em plena Guerra Fria entre os imperialismos americano e soviético. Defensor de um socialismo sui-generis, nunca alinhou com as ideologias marxistas de cariz soviético nem chinês e promoveu o empreendedorismo autogestionário pelas cooperativas de trabalhadores.
A sul da Jugoslávia estava a Albânia, governada em ditadura por Enver Hoxha fervoroso defensor da linha comunista radical de Mao Tse Tung, o que fez com que o país se tornasse no mais pobre da Europa.
Comparativamente, o regime jugoslavo era muito mais benigno do que o albanês e, por isso mesmo, Tito recebeu no sul da Jugoslávia os albaneses em fuga da tirania enver-hoxiana. Mais concretamente, permitiu-lhes que se estabelecessem no Kosovo, região jugoslava de fronteira com a Albânia. Foram centenas de milhares os albaneses que fugiram para o Kosovo onde iam sendo criadas escolas, onde foi assegurado o ensino da língua albanesa e até construídas Mesquitas. Durante 40 anos, manteve-se o fluxo imigratório albanês no Kosovo que está para a Sérvia como Guimarães está para Portugal pois foi lá que nasceu a Nação Sérvia.
Os albaneses são muçulmanos; os sérvios são cristãos ortodoxos. Portanto, os albaneses têm valores, tais como religião, costumes, tradições e hábitos muito diferentes dos sérvios. A chegada de grandes massas albanesas ao Kosovo trouxe problemas de integração das duas culturas a tal ponto que os sérvios foram saindo da sua terra fugindo ao que ali se foi instalando.
Mas em 2008 – já sob a égide de Milosevic e da sua política de edificação da «Grande Sérvia», destruidora do estatuto de igualdade entre os «seis povos jugoslavos» - o Kosovo, dominado pelos muçulmanos, declarou unilateralmente a independência roubando à Sérvia parte do seu território estaminal e expulsando os sérvios que ainda lá habitavam.
Foi nesta circunstância que a maioria dos Governos europeus fechou os olhos ao roubo do berço da Nação Sérvia.
Mas – e há sempre um «mas» - afinal, esta acção de emancipação muçulmana do Kosovo era o ensaio geral da invasão muçulmana da Europa porque, como estava demostrado, os Governos europeus amochariam.
E a amochar estão.
Afinal, é mesmo verdade que quem cospe para o ar na cara lhe cai.