Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A bem da Nação

FIGURAS RELEVANTES

D. ANTÓNIO ALVES MARTINS

Alves Martins.png

(1808, Alijó - 1882, Viseu)

 

«A religião deve ser como o sal na comida: nem muito nem pouco, só o preciso» - inscrição na estátua que lhe foi erigida em Viseu.

 

António Alves Martins, O.F.M.[1], foi Bispo de Viseu desde Julho de 1862 até à sua morte em 1882.

 

Entrou para a Ordem de São Francisco aos dezasseis anos indo pouco depois para a Universidade de Coimbra donde foi expulso por ter sido acusado de participar na Revolução Liberal do Porto que se dera a 16 de Maio de 1828.

 

Como dirigente liberal, foi condenado à morte pelos miguelistas mas conseguiu sempre escapar. Após a rendição dos miguelistas na Convenção de Évora Monte, foi eleito deputado em 1842.

 

Em 1852 foi professor universitário e em 1861 foi nomeado enfermeiro-mor do Hospital de São José, funções que suspendeu por ter sido nomeado Bispo de Viseu em 1862.

 

Assume-se dirigente do Partido Reformista em 1868 e foi aclamado Ministro do Reino nesse ano e, posteriormente, em 1870.

 

Após o desempenho das funções governativas, regressou a Viseu onde viria a falecer em 1882.

 

É o patrono da Escola Secundária Alves Martins, em Viseu.

 

Resumo biográfico:

  • Bispo de Viseu: 1862 – 1882
  • Ministro e Secretário de Estado do Reino: 1868 — 1869 (XXIX Governo da Monarquia Constitucional)
  • Secretário de Estado da Justiça: 1868 (XXIX Governo da Monarquia Constitucional)
  • Ministro e Secretário de Estado do Reino: 1870 — 1871 (XXXII Governo da Monarquia Constitucional)
  • Ministro e Secretário de Estado da Instrução Pública: 1870 (XXXI e XXXII Governos da Monarquia Constitucional)

 

* * *

 

E, apesar dos esforços deste e de outros Ministros da Instrução Pública, chegámos à República com cerca de 90% de analfabetos adultos. Descontando os membros do Clero que presumo serem já então todos alfabetizados e alguns militares que saberiam ler, escrever e contar, a taxa de analfabetismo rondaria a quase totalidade da «sociedade civil».

 

Como era possível sermos um país minimamente esclarecido?

 

E as estatísticas continuam a dizer-nos que chegámos ao 25 de Abril de 1974 com uma taxa de 25% de analfabetos adultos e que no último recenseamento geral da população (2011), essa taxa ainda era de uns miseráveis 5%.

 

Como terá D. António encontrado a instrução pública quando assumiu a pasta? Terá tido tempo para fazer alguma coisa no escasso ano que lá esteve? De uma coisa tenho a certeza: o cenário que encontrou foi certamente desolador. Creio que não tenha conseguido fazer nada de muito relevante por evidente falta de tempo e por certo que o cenário que deixou não terá sido muito diferente daquele que recebeu.

 

Apesar de tudo, foi homem desempoeirado e por isso o homenageio nestas linhas.

 

Fevereiro de 2019

Sigtuna 6.JPG

Henrique Salles da Fonseca

 

BIBLIOGRAFIA: - Wikipédia

 

 [1] Ordem dos Frades Menores, ou seja, franciscano

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2022
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2021
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2020
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2019
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2018
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2017
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2016
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2015
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2014
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2013
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2012
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2011
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2010
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2009
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2008
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2007
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2006
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D
  261. 2005
  262. J
  263. F
  264. M
  265. A
  266. M
  267. J
  268. J
  269. A
  270. S
  271. O
  272. N
  273. D
  274. 2004
  275. J
  276. F
  277. M
  278. A
  279. M
  280. J
  281. J
  282. A
  283. S
  284. O
  285. N
  286. D