Sim, o sub-título é obtuso. Como obtusa é a afirmação de que é uma injustiça os portugueses serem pobres. Contudo, é este o tema de um livro agora publicado a que o Autor conseguiu dar publicidade disfarçada de notícia.
Simplesmente, os portugueses são pobres porque não conseguem enriquecer honestamente.
E isso acontece por algumas, não muitas, razões:
Porque a média de instrução e formação profissional é muito baixa tanto em termos absolutos como relativamente aos nossos comparadores habituais
Porque é muito mais «imediato» viver de biscates do que se enquadrar na economia formal (em 2015, os cálculos da IENR apontam para uma economia paralela da ordem dos 27,29% do PIB oficial – v. em
No final de 2018, face a 2017, o endividamento do Sector Não Financeiro diminuiu 0,7 mil milhões de euros (-0,1% VH), fruto de um acréscimo de 4,8 mil milhões de euros no Sector Público (1,5% VH) e de uma redução de 5,5 mil milhões de euros no Sector Privado (-1,4% VH).
E DIGO EU QUE
O Sector Privado está a «arrumar a casa» mas a bagunça pública continua apesar das cativações «centenárias».
De Janeiro a Novembro de 2018, a hotelaria registou 54,8 milhões de dormidas (-0,2%, variação homóloga acumulada, VHA) e 3431,4 milhões de euros de proveitos (+6,0% VHA)
E O EUROSTAT DIZ QUE
Entre Janeiro e Novembro de 2018, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 15,5 mil milhões de euros (13,0 mil milhões de euros no período homólogo). As exportações de bens aumentaram 4,9% neste período e as importações de bens aumentaram 7,9% neste período, face ao período homólogo.
E DIGO EU QUE
Se não fossem o Turismo e as cativações “centenárias”, já estaríamos de novo a «bater válvulas»
A esquerda sempre precisou de dinheiro - de muito dinheiro - para se sustentar; a direita, por sua vez, não.
Isto porque a direita é composta de adolescentes que estudam enquanto estudantes, trabalham enquanto jovens, poupam enquanto adultos e, portanto, sustentarem-se não é um grande problema.
A direita produz e progride enquanto a esquerda protesta nas ONGS, nos cafés e nas tertúlias mais ou menos filosóficas.
A esquerda sempre viveu do dinheiro dos outros, com alguma mândria e muita conversa. Karl Marx é o seu maior exemplo pois sempre viveu à custa de amigos, heranças e até do colega Friedrich Engels.
Todos os esquerdistas vivem ou aspiram a viver à custa do Estado, inclusive os empresários que votam nos Partidos da esquerda e vivem das adjudicações públicas com mais ou menos subornos activos a quem tenha o poder de decisão.
Nos tempos áureos, a esquerda chegou a tomar posse de países inteiros: China, União Soviética, Cuba, Angola, Venezuela, por exemplo, onde a esquerda se locupletou anos a fio com luxos setentrionais ao estilo de dachas e Zils bem como com outras mordomias mais ou menos tropicais nunca disponibilizadas aos trabalhadores que eles, esquerdistas, dizem defender.
Essa esquerda gananciosa foi lentamente sugando a totalidade do capital inicial que tinha sido criado por outros… até tudo se transformar em pó.
A esquerda levou à falência os países de que se apoderou. A falência foi a razão estaminal da queda do muro de Berlim.
Viver à custa do Estado com duas ou mais reformas totalmente imorais é o sonho dos esquerdistas. O pior é quando o dinheiro acaba.
Sem dinheiro, a esquerda rouba com uma volúpia jamais vista. Mas quando em democracia e graças ao jornalismo de investigação a que se segue por vezes a confirmação judicial, até essa fonte secou ou está em vias de fechar.
Sem empresas públicas lucrativas e sem obras para adjudicar, os cleptómanos desesperam.
O problema da esquerda é hoje o de saber como é que se vão sustentar daqui para a frente sem saberem produzir bens e produtos que a população queira comprar.
E porque acabaram com os ricos, tornaram vão o velho brado de «os ricos que paguem a crise». Então, os esquerdistas acham que agora é o Estado que tem a obrigação de prover às suas necessidades porque são parasitas, nomeadamente parasitas estatais.
Vai daí, apregoada a «nova alvorada esquerdista portuguesa», planeiam agora regressar aos grandes investimentos públicos. Para já, na área dos transportes: aeroporto, cacilheiros, locomotivas e o mais que o calendário eleitoral sugira…
Com que dinheiro?
Logo se verá mas duma coisa tenho eu a certeza: seremos nós, os Contribuintes, a pagar tudo, incluindo as famosas comissões que ficarão pelo caminho entre o valor real da obra e a factura final.
Como tudo seria lindo se pudéssemos confiar neles.