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A bem da Nação

AB INITIO AD COMITIO - 4

Hoje, o tema é polémico por si mesmo mas não é por isso que deve ser evitado. É que a pergunta que desta vez me ocorre é: - Por que é que a PSP é uma força civil militarizada e a GNR é militar?

Recuso-me a aceitar a vocação exclusivamente urbana dos cívicos e eminentemente rural dos militares republicanos; tenho uma clara ideia do estatuto militar da GNR mas custa-me perceber com rigor o que é um paisano armado. Tenho esta duplicidade GNR-PSP como um desperdício de recursos, com potenciais conflitos operacionais e com duplicidade estatutária eventualmente geradora de injustiças.

Preconizo a fusão da GNR e da PSP numa única força militar, a Guarda Nacional cujas funções seriam o somatório das funções das instituições fusionadas. As Polícias Municipais desapareceriam, pura e simplesmente. Bombeiros, INEM, vigilância florestal e de fronteiras passariam para a Guarda Nacional.

Quanto às Forças Armadas, devem as mesmas integrar os efectivos correspondentes a uma «quadrícula» normal e contar com Forças Especiais de grande operacionalidade: Comandos no Exército, Fuzileiros na Marinha; Paraquedistas de regresso à Força Aérea.

Nos casos aplicáveis a profissões civis, os estabelecimentos militares de ensino deveriam poder admitir alunos civis sem prejuízo das missões eminentemente militares que lhes estejam determinadas. Os estabelecimentos fabris militares devem integrar em exclusivo o respectivo Ramo. O controlo da ZEE (das 0 às 200 milhas) deverá caber à Marinha e à Força Aérea.

* * *

Eis no que venho meditando há anos. Creio deste modo deixar aqui muitos temas de reflexão que claramente modelarão o meu sentido de voto.

(continua)

Janeiro de 2022

AUTÁRQUICAS - 2021

Saúdo a forma globalmente escorreita como decorreram as eleições de ontem e antecedente campanha.

Faço votos de que os eleitos correspondam à confiança que os eleitores neles depositaram e que os outros saibam desempenhar com dignidade a importante missão que a democracia espera das oposições.

Todos, a bem da Nação.

ONDE ESTÁ A MENTIRA?

PRIMEIRA NOTÍCIA - O Dr. (…), médico no Hospital (…) de Tel Aviv, aplicou um determinado remédio à base de (…) e de (…) a doentes terminais com Covid e, passados cinco ou seis dias, os doentes levantaram-se sem mais problemas respiratórios.

SEGUNDA NOTÍCIA - A Professora Doutora M. J. (…) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, conhece esses componentes do remédio israelita

TERCEIRA NOTÍCIA – Nas últimas 24 horas registou-se mais um óbito por Covid.

* * *

Claramente, não acredito no tal Rt (índice de transmissibilidade cuja fórmula de cálculo deve ser secreta) e nas estatísticas de novos casos detectados diariamente (sempre a acertar com falhas de contagens anteriores) mas acredito nos números revelados sobre doentes em enfermaria, em cuidados intensivos e no número diário de óbitos.

E é aqui que se me levantam as dúvidas: se os israelitas terminais saem das camas sem os problemas de asfixia que os estavam a matar; se a nossa Professora conhece os componentes desse remédio, como se explica que continuemos a registar óbitos?

Alguém anda a mentir no meio disto tudo e a certeza que tenho é a de que os mortos não mentem.

NO TOM DE DÓ MAIOR - 1

SE EU MANDASSE…

… laçava um «Plano Nacional de Instrução de Adultos» com vista ao alcance de metas específicas de cumprimento do Ensino Obrigatório.

Todos os cidadãos na faixa etária dos 18 aos 50 anos teriam que cumprir a obrigatoriedade desse nível mínimo de instrução sob pena de não poderem ter carta de condução de qualquer tipo de veículo motorizado nem poderem votar ou serem candidatos em eleições presidenciais, legislativas nem autárquicas.

Diz quem me lê que se trata de ideia muito radical ao que respondo que se se trata de obrigatoriedade para não levar a sério, então que se lhe mude o nome. Chamemos-lhe «nível voluntário de instrução» ou, de mo, «nível diletante de instrução».

Assim, regressando à seriedade, constatemos que, não definindo mecanismos de pressão que induzam ao cumprimento da obrigatoriedade, para além de não resolvermos o problema do deficientíssimo nível médio de instrução, ficamos perante uma mentira institucional que só desprestigia quem com ela pactua, a Democracia.

SUGERINDO...

PORTAL DO GOVERNO

Ass: GUERRA À PANDEMIA

A Sua Excelência o Primeiro Ministro

As informações que se seguem foram obtidas em diversos telejornais da TVI acrescidas de algum detalhe obtido na Internet.

  1. VACINA DE CANTANHEDE – A empresa IMMUNOTHEP («spin off» do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto) está a desenvolver uma vacina contra o Covid que será de uma toma por inalação e estará pronta no início de 2022;
  2. FÁRMACO INIBIDOR DA TEMPESTADE PULMONAR – Refiro-me ao fármaco israelita anunciado como salvador de vidas terminais. A Professora Doutora Maria João Ramos, Catedrática na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, conhece as componentes do referido fármaco.

 

SUGESTÃO

Face ao que me permito sugerir a Vossa Excelência que:

  1. Determine que se disponibilizem os apoios necessários à cabal conclusão dos procedimentos necessários à utilização extensiva da «vacina de Cantanhede»;
  2. Determine a priorização da concepção do fármaco (de inspiração israelita), sequente aprovação oficial (patente registada em nome do Estado Português) e produção pelo «Laboratório Militar».

Salvando melhores opiniões, apresento os melhores cumprimentos

Henrique Salles da Fonseca

(Lisboa)

(NIF...)

2021-02-26

FASTEN SEAT BELTS - 2

A empresa sedeada em Cantanhede que está a desenvolver uma vacina contra o Covid é a IMMUNOTHEP e resulta de um «spin off» do “Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar” da Universidade do Porto.

Quanto à Investigadora que sugiro que seja graduada em Tenente-General, trata-se da Professora Doutora Maria João Ramos sobre cujos trabalhos encontrei na Internet a informação que segue:

NOTÍCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Professora da FCUP lidera "busca" por novos fármacos contra a Covid-19

13.05.20Por Renata Silva / FCUP

  Investigação encabeçada por Maria João Ramos conta com o apoio de supercomputadores disponibilizados por um consórcio mundial, liderado pela IBM.

Maria João Ramos é Professora catedrática e diretora do programa doutoral em Química da FCUP.

A docente e investigadora Maria João Ramos, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), está a liderar uma investigação que visa a descoberta de fármacos contra a protease principal do vírus da COVID-19, uma enzima que é responsável pela sobrevivência deste vírus no hospedeiro humano. O projeto é um dos 40 aprovados no âmbito do COVID-19 High Performance Computing Consortium, um consórcio liderado pela IBM e que disponibiliza supercomputadores para ajudar investigadores de todo o mundo a encontrar formas de combater a pandemia.

Este trabalho de investigação, da responsabilidade do Grupo de Bioquímica Computacional, do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE), da FCUP, está a ser desenvolvido com o apoio da IBM através da plataforma Extreme Science and Engineering Discovery Environment (XSEDE).

Os objetivos principais incluem a determinação do mecanismo de ação da protease principal do vírus SARS-CoV-2, que provoca a COVID-19, bem como a apresentação de uma lista de compostos inibidores da protease principal do vírus, com potencial para servirem de base para o desenvolvimento de fármacos para tratar infeções pelo vírus.

“O nosso grupo de investigação está muito habituado a trabalhar na descoberta de fármacos e temos tido várias consultorias de empresas nacionais e internacionais nesse sentido. É, pois, com enorme entusiasmo e dedicação que o nosso grupo está a desenvolver este projeto que assume particular importância para nós, dado o significado que o mesmo assume atualmente e o seu impacto a nível mundial”, afirma Maria João Ramos.

 

O consórcio liderado pela IBM tem estado a rever propostas de investigadores de todo o mundo, disponibilizando os recursos dos supercomputadores apenas a projetos que possam criar maior impacto, tanto na criação de terapêuticas e de uma possível vacina, como no desenvolvimento de modelos preditivos para avaliar a progressão da doença.

Sobre o Consórcio

No final de março, foi anunciada a criação do COVID-19 High Performance Computing Consortium, uma iniciativa público-privada que visa combater a COVID-19 tirando partido das capacidades da supercomputação. A IBM está na liderança deste consórcio que reúne líderes da indústria, da academia e de entidades governamentais, num total de 37 membros.

Este consórcio foi criado em poucos dias com o objetivo de disponibilizar sem custos uma capacidade computacional sem precedentes – tem atualmente mais de 30 supercomputadores com mais de 420 petaflops – para ajudar rapidamente os investigadores de todo o mundo a encontrar formas de combater a COVID-19.

Sobre Maria João Ramos

Professora catedrática e diretora do programa doutoral em Química da FCUP, Maria João Ramos é licenciada em Química pela Universidade do Porto e doutorada pela Universidade de Glasgow (Escócia) e o Swiss Institute for Nuclear Research. Na Universidade de Oxford (Inglaterra) realizou um pós-doutoramento em Modelação Molecular e foi durante muitos anos diretora associada do National Foundation for Cancer Research Centre for Computational Drug Discovery da Universidade de Oxford.

Responsável pelo grupo de investigação em Química Teórica e Bioquímica Computacional da FCUP, tem uma vasta reputação internacional nas áreas da catálise enzimática, mutagénese computacional, docking molecular e descoberta de drogas, sendo autora de mais de 250 artigos científicos em revistas internacionais.

Vice-Reitora da U.Porto para a Investigação entre 2014 e 2018, foi agraciada, em 2014, com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Estocolmo.

In - https://noticias.up.pt/professora-da-fcup-lidera-busca-de-novos-farmacos-contra-a-covid-19/

A bem da Nação, daqui lanço um apelo ao nosso Primeiro Ministro para que nomeie um militar e não um político para reger este conjunto de valores endógenos portugueses a fim de alcançarmos a restauração da soberania nacional no actual processo pandémico.

Fevereiro de 2021

Henrique Salles da Fonseca

FASTEN SEAT BELTS!

Hoje, começo com uma pergunta: - Porquê um título em estrangeiro?

E as respostas são duas: 1 - Para dar nas vistas; 2 - Para matar saudades das viagens que agora são proibidas.

Para quem não saiba ou esteja esquecido do inglês, aquilo quer dizer «Apertem os cintos de segurança!». Sim, em tom imperativo, com ponto de exclamação. O tema – e, sobretudo, o tratamento que lhe dou – é turbulento.

* * *

Que eu, economista, nada saiba do Covid, não admira mas que os virologistas e outros cientistas continuem a pouco saber (como eles próprios têm a hombridade de dizer) é de difícil aceitação. Muito difícil, mesmo.

Então, que sei eu?

  • Sei que não me interessa saber (por enquanto) quem fabricou o vírus a que chamamos Covid 19 e a que eu desnumero porque já estamos em 2021 com muitas mutações entretanto ocorridas e eu não vou estar a ligar a numerações passageiras. Para leigo como eu, é o Covid e basta.
  • Não sei quem o fabricou mas sei que foram os chineses que o soltaram e ninguém me tira da cabeça que a RPChina tem que ser responsabilizada pelo dano que está a causar à Humanidade.
  • Sei que as vacinas foram investigadas, produzidas e aprovadas em cerca de um ano quando, até há esse ano, o processo demorava cerca de 10 anos. Esta «poupança» de 9 anos faz-me desconfiar de que a história está mal contada. Mas também sei que não me vou preocupar com o assunto pois a verdade é como o azeite e a Interpol não dorme.
  • Sei que a expectativa da vacinação maciça da Humanidade foi rapidamente truncada logo após a assinatura de contratos multimilionários (refiro-me a unidades de vacinas, não a valores) assim como que por ter surgido algum arrependimento enigmático.
  • Sei que, entretanto, a mortandade continua em níveis de calamidade.
  • Sei que um laboratório em Cantanhede está a desenvolver uma vacina que só estará disponível no início de 2022.
  • Sei que em Israel desenvolveram um fármaco barato que salva vidas terminais afectadas pelo Covid.
  • Sei que na Universidade do Porto há uma Investigadora que conhece essas «poções» a que se referem os israelitas.

Isto, o que sei a partir de alguns telejornais.

Segue-se o que eu faria se mandasse:

  • Mantinha o Vice-Almirante meu homónimo na chefia do Programa Nacional de Vacinação;
  • Apoiava ilimitadamente o laboratório de Cantanhede até à operacionalidade da vacina agora em desenvolvimento;
  • Graduava em Tenente-General a Investigadora da Universidade do Porto e dava-lhe o mandato de levar o Laboratório Militar a produzir o fármaco que salva as vidas à semelhança do que anunciam os israelitas.

Salvo melhores opiniões.

Ah! Já me esquecia: não há royalties para ninguém, estão vidas em causa.

Fevereiro de 2021

Henrique Salles da Fonseca

CARTA PARA UMA SENHORA

Voz bem colocada, discurso determinado e calmo, dicção clara, gesto sereno, estética amiga, tem Vossa Excelência uma bela postura em cena.

Cena em que o papel desempenhado corresponde à de líder de um conglomerado de frágil coesão interna a que, por disfarce, chamaram Bloco mas em que o mais efectivo elemento agregador é o real carisma de Vossa Excelência que não a homogeneidade genética estratégico-doutrinária da intelectualidade «bloqueada». E, neste domínio essencial, vou à «biografia autorizada» do Bloco, a Wikipédia, donde extraio as passagens que me parecem mais esclarecedoras:

 «Origens

O Partido nasceu em 1999 da aproximação de três forças políticas: a União Democrática Popular (marxista), o Partido Socialista Revolucionário (trotskista) e a Política XXI (desde marxistas a sociais-democratas de esquerda), às quais posteriormente se juntaram vários outros movimentos.

Qualquer uma dessas forças definia-se como resultado de processos de crítica em relação ao chamado «comunismo» ou «socialismo real», mantendo a referência socialista através da reflexão e da discussão sobre a actualidade do marxismo. Membro do Secretariado Unificado da IV Internacional, o PSR herdava a tradição trotskista, oposta ao estalinismo; a UDP, marxista, apresentava-se como desligada de quaisquer referências no campo comunista internacional, posicionando-se em ruptura com todas as experiências de "socialismo real"; a Política XXI resultara da união de ex-militantes do PCP, pelos herdeiros do MDP-CDE e por independentes. Na formação do Bloco, juntaram-se ainda pessoas sem filiação anterior, mas que já haviam mostrado identificar-se com os movimentos indicados, destacando-se, no grupo inicial, Fernando Rosas (a sua antiga filiação no PCTP-MRPP havia acabado há muito).

Desde o início, o Bloco apresentou-se como uma nova força política que não negava a sua origem nos três Partidos citados e que tinha uma organização interna democrática, mais baseada na representação dos aderentes do que no equilíbrio partidário. A adesão de novos militantes, sem ligação anterior a qualquer um dos Partidos originários, contribuiu para esse efeito.

O Bloco foi incluindo ainda outros grupos e tendências: desde pequenos grupos políticos, como a Ruptura/FER, até grupos que, não sendo organizações políticas, são activistas constituídos já dentro do Bloco: feministas, activistas LGBT, sindicalistas, ambientalistas, etc. O Bloco reivindica a independência destes grupos em relação à política geral do Partido.

Entretanto, os Partidos constituintes entraram num processo de auto-extinção. A Política XXI tornou-se uma associação de reflexão política que se exprime numa das revistas da área do Bloco, a «Manifesto». O PSR também se extinguiu transformando-se numa associação que se exprime numa revista, a «Combate». A UDP passou de Partido a associação política e edita uma revista, «A Comuna». Esta auto-extinção demarcou uma nova maneira de pensar na esquerda europeia e mundial, visto que evidencia a vontade da construção de um Partido plural e de acabar com o sectarismo característico deste tipo de pequenos Partidos de esquerda. O Bloco de Esquerda foi o primeiro Partido com destaque de Nova Esquerda em Portugal.»

* * *

É, pois, Vossa Excelência a protagonista do papel de «costureira» duma manta de retalhos, de «editora» de revistas potencialmente antagónicas, de «maestrina» de aderentes ideologicamente vinculados e potenciais caudilhos das respectivas ideologias. Ingrato, o papel que atribuíram a Vossa Excelência nesse lado norte da cena em que prepondera a inveja, o nivelamento por baixo até ao fracasso absoluto das instituições e à frustração das pessoas como a História nos demonstrou sem necessidade de saltar para fora do século XX.

E assim é que, papel por papel, também a Vossa Excelência será fácil – mais fácil, até – manter, como actriz experiente, a sua tradicional compostura, o seu gesto sóbrio, a clareza da sua dicção, a calma firmeza do seu discurso se mudar de local na cena migrando para o lado sul da dita cena onde urge substituir barrigudos e façanhudos de carisma escasso ou nulo na defesa da harmonia das classes, na virtude do lucro como «pai» do investimento, da modernização e do progresso, na substituição da função «serviçal» do Estado pela de regulador-fiscalizador, tudo num processo em que à tributação é conferida a função principal de redistribuição da riqueza e não como punição do sucesso. Será muito mais fácil desempenhar este novo papel que ora lhe sugiro sem as guerras ideológicas que actualmente lhe adivinho e, pelo contrário, em ambiente de serenidade típica de quem não inveja o sucesso alheio.

É que, na banda sul, o carisma que se perfila não me agrada mesmo nada.

Fevereiro de 2021

Henrique Salles da Fonseca

AS PAPAS E OS BOLOS

ou

«DEMOCRACIA AVANÇADA»

 Democracia e liberdade são conceitos unicitários, não carecem de complementos adjectivantes. Estes, existindo, são limitadores dos ditos conceitos e, pior, são seus distorçores.

* * *

Do Programa do PCP extraio o que nele se refere à «democracia avançada»:

«1. No ideal e projecto dos comunistas, a democracia tem quatro vertentes inseparáveis - política, económica, social e cultural:

 

  • democracia política baseada na soberania popular, na eleição dos órgãos do Estado do topo à base, na separação e interdependência dos órgãos de soberania, no pluralismo de opinião e organização política, nas liberdades individuais e colectivas, na intervenção e participação directa dos cidadãos e do povo na vida política e na fiscalização e prestação de contas do exercício do poder;
  • democracia económica baseada na subordinação do poder económico ao poder político democrático, na propriedade social dos sectores básicos e estratégicos da economia, bem como dos principais recursos naturais, na planificação democrática da economia, na coexistência de formações económicas diversas, no controlo de gestão e na intervenção e participação efectiva dos trabalhadores na gestão das empresas públicas e de capitais públicos;
  • democracia social baseada na garantia efectiva dos direitos dos trabalhadores, no direito ao trabalho e à sua justa remuneração, em dignas condições de vida e de trabalho para todos os cidadãos, e no acesso generalizado e em condições de igualdade aos serviços e benefícios sociais, designadamente no domínio da saúde, ensino, habitação, segurança social, cultura física e desporto e tempos livres;
  • democracia cultural baseada no efectivo acesso das massas populares à criação e fruição da cultura e na liberdade e apoio à produção cultural.
  1. Um regime democrático tem de enfrentar e caminhar para a resolução dos mais graves problemas nacionais e de responder com êxito aos grandes desafios que se colocam a Portugal no fim do século XX. A democracia avançada no limiar do século XXI que o PCP propõe ao povo português contém cinco componentes ou objectivos fundamentais:

1ª - um regime de liberdade no qual o povo decida do seu destino e um Estado democrático, representativo, participado e moderno;

2ª - um desenvolvimento económico assente numa economia mista, moderna e dinâmica, ao serviço do povo e do País;

3ª - uma política social que garanta a melhoria generalizada das condições de vida do povo;

4ª - uma política cultural que assegure o acesso generalizado à livre criação e fruição culturais;

5ª - uma pátria independente e soberana com uma política de paz, amizade e cooperação com todos os povos.»

* * *

Posto o que, desde já declaro que não me darei ao trabalho entediante dos meus Leitores e de mim próprio de desmontar cada ponto da transcrição anterior.

Basta lembrarmo-nos do «gulag» siberiano e das purgas stalinistas de todos aqueles que nem chegaram à Sibéria por terem sido aniquilados nas caves da Lubianka para compreendermos o verdadeiro significado de liberdade política comunista; basta lembrarmo-nos do monte de real sucata que era o parque industrial não militar aquando do colapso do Império Soviético para compreendermos as consequências danosas da diabolização do lucro na ideologia marxista; basta lembrarmo-nos da massificação residencial em grandes blocos habitacionais com instalações sanitárias colectivas no rés do chão para compreendermos o significado de conforto no conceito soviético; basta lembrarmo-nos do «tratamento de luxo» dado a todos os intelectuais e artistas que não cantavam loas à «nomenklatura» do Partido; basta lembrarmo-nos do internacionalismo proletário marxista para compreendermos o significado de «Pátria» na mente de um comunista.

De tudo, para concluir que «democracia avançada» significa efectivamente a total ausência de democracia e que tem sido com este género de papas e bolos que os marxistas vêm enganando uns quantos desprevenidos.

Um dia destes que por aí vem, mando o meu cão dar umas dentadas em Gramsci e espantar as pombinhas da Cat’rina.

Fevereiro de 2021

Henrique Salles da Fonseca

ELEIÇÕES À VISTA

  1. A ARMA QUE TERÇO

 

O voto é a minha arma e ela é serena, conservadora e progressista.

Arma serena porque nunca andei nem tenciono andar a correr e aos berros a trás duma qualquer bandeira de celeradas utopias.

Arma conservadora porque não quero revoluções que me perturbem a família nem o património físico ou mental.

Arma progressista porque quero mais e melhor para mim e para os meus compatriotas de modo a que todos tenham de seu atirando a inveja para as calendas do pretérito imperfeito e deixando de ser o grande instrumento da desunião nacional.

Eis para o que quero continuar a terçar a arma democrática, o voto.

Dezembro de 2020

Henrique Salles da Fonseca

(hoje não me alongo mais porque os olhos não deixam)

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