AUTOMÓVEL CLUBE DE PORTUGAL
Sugeria-me há tempos o ACP por e-mail que eu fosse ao Porto ver um salão de carros assim e assados… e encimava a sugestão com o slogan «é claro que sou Sócio».
Respondi de imediato mas não vi na revista a publicação da minha resposta.
Ei-la:
Sim, é claro que sou Sócio!
Mas com uma sensação de enorme inutilidade.
Numa época em que o automobilista é o maior contribuinte do Estado Português, em que os políticos (sobretudo os autárquicos) diabolizam a circulação e estacionamento automóvel e infernizam a vida do automobilista, raramente se vê o ACP assumir posições de frontalidade em defesa dos seus Sócios.
Será que o ACP concorda com essas políticas impeditivas do acesso automóvel a zonas urbanas, com o condicionamento da circulação, com as faixas BUS (impedindo os Contribuintes de circular beneficiando quem é recebedor de subsídios públicos)? Ou será que, discordando, tem medo?
Disciplinar o trânsito nada tem a ver com impedir o trânsito; condicionar o trânsito em circuitos essenciais (como, por exemplo, em Lisboa na Ribeira das Naus e impedir a circulação em ambos os sentidos na Cintura do Porto de Lisboa junto ao Cais do Sodré) fazem parte duma política pseudo-ecológica apenas fundamentada na demagogia eleitoralista de agredir o vicioso burguês motorizado para agradar ao peão proletário.
E o ACP vê e cala ou pouco faz em vez de liderar um movimento significativo que ponha os políticos em sentido.
Sou Sócio do ACP exclusivamente para efeitos de eventual assistência em avaria. Todas as demais actividades do Clube me parecem inúteis e dou muito mais crédito à DECO (que tem que acorrer a todos os Sectores) do que ao ACP que beneficia do facto de só ter que se dedicar ao Automóvel; mas fá-lo de um modo diletante, superficial, praticamente inútil.
Henrique Salles da Fonseca (Sócio nº 13096-0)