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A bem da Nação

25 DE ABRIL DE 1974

 murcho.jpg

 

Duzentos capitães! Não os das caravelas

Não os heróis das descobertas e conquistas,

A Cruz de Cristo erguida sobre as velas

Como um altar

Que os nossos marinheiros levavam pelo mar

À terra inteira!

(Ó esfera armilar, que fazes hoje tu nessa bandeira?)

Ó marujos do sonho e da aventura,

Ó soldados da nossa antiga glória,

Por vós o Tejo chora,

Por vós põe luto a nossa História!

Duzentos capitães! Não os de outrora?

Duzentos capitães destes de agora

(pobres inconscientes)

Levando hílares, ufanos e contentes

A Pátria à sepultura,

Sem sequer se mostrarem compungidos

Como é o dever dos soldados vencidos.

Soldados que sem serem batidos

Abandonaram terras, armas e bandeiras,

Populações inteiras

Pretos, brancos, mestiços

(milagre português da nossa raça)

Ao extermínio feroz da populaça.

Ó capitães traidores dum grande ideal

Que tendo herdado um Portugal

Longínquo e ilimitado como o mar

Cuja bandeira, a tremular,

Assinalava o infinito português

Sob a imensidade do céu,

Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,

Um Portugal em miniatura,

Um Portugal de escravos

Enterrado num caixão de apodrecidos cravos!

Ó tristes capitães ufanos da derrota,

Ó herdeiros anões de Aljubarrota,

Para vossa vergonha e maldição

Vossos filhos mais tarde ocultarão

Os vossos apelidos de ignomínia?

Ó bastardos duma raça de heróis,

Para vossa punição

Vossos filhos morrerão

Espanhóis!

 Joaquim Paço d'Arcos.png

Joaquim Paço d'Arcos

10 de Junho de 1975

(antigamente, Dia da Raça)

25 DE ABRIL DE 1974

 

murcho.jpg

 

25 de Abril de 1974

Duzentos capitães!

Não os das caravelas

Não os heróis das descobertas e conquistas,

A Cruz de Cristo erguida sobre as velas

Como um altar

Que os nossos marinheiros levavam pelo mar

À terra inteira!

(Oh esfera armilar, que fazes hoje tu nessa bandeira?)

Oh marujos do sonho e da aventura,

Oh soldados da nossa antiga glória,

Por vós o Tejo chora,

Por vós põe luto a nossa História!

Duzentos capitães! N

ão os de outrora…

Duzentos capitães destes de agora (pobres inconscientes)

Levando hílares, ufanos e contentes

A Pátria à sepultura,

Sem sequer se mostrarem compungidos

Como é o dever dos soldados vencidos.

Soldados que sem serem batidos

Abandonaram terras, armas e bandeiras,

Populações inteiras

Pretos, brancos, mestiços (milagre português da nossa raça)

Ao extermínio feroz da populaça.

Ó capitães traidores dum grande ideal

Que tendo herdado um Portugal

Longínquo e ilimitado como o mar

Cuja bandeira, a tremular,

Assinalava o infinito português

Sob a imensidade do céu,

Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,

Um Portugal em miniatura,

Um Portugal de escravos

Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos!

Ó tristes capitães ufanos da derrota,

Ó herdeiros anões de Aljubarrota,

Para vossa vergonha e maldição

Vossos filhos mais tarde ocultarão

Os vossos apelidos d’ignomínia…

Ó bastardos duma raça de heróis,

Para vossa punição

Vossos filhos morrerão Espanhóis!

 

Joaquim Paço d'Arcos.png

Joaquim Paço d'Arcos

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