SE A MINHA ILHA SOUBESSE…
Ó mar tão negro
Que negrura guardas
Em teu coração?
Que quimeras loucas
Partindo de ti
Se foram, mar fora
Sem dia nem hora
Sem tempo previsto?
Ó mar tão bravio
Tão negro e tão frio
Atlante medonho
Povoas meu sonho
Causando arrepio…
Que negros segredos
De lutos e medos
Tens no teu arfar?
Quem buscas, quem amas?
De rendas recamas
O leito que of’reces
Às ilhas, as damas
A quem estremeces!...
Maria Mamede