SE A MINHA ILHA SOUBESSE…
Uma quase homenagem a Vitorino Nemésio
Digo dos mares e do vento
Das grutas e de montanhas
Deste Atlântico, alimento
De alma a ferir entranhas…
Digo do negro, as mil cores
E das neblinas sem fim
De sofrimentos e amores
Que sempre choram em mim.
E se a noite é promessa
Dum inquieto desvario,
Não há Verão que impeça
De o corpo morrer de frio!...
Maria Mamede