«PRR & Cª Ldª» - 4
REVOLUÇÃO VERDE
À produtividade passada pelo crivo da concorrência em mercados transparentes chama-se competitividade.
Na sua maior generalidade, o mercado alimentar – que é o que mais interessa ao cidadão comum - compõe-se de três classes de agentes: os da Oferta (tipicamente grossistas), os da Procura (compram por grosso e vendem a retalho), o consumidor final que compra a retalho. A melhor forma de defender os interesses do consumidor final passa pela promoção da competitividade dos agentes da Oferta (v.g. redução de custos de contexto) e promovendo a concorrência entre os agentes da Procura. Ou seja, tudo assenta na competitividade da produção, e da concorrência entre os diferentes agentes da mesma classe. Assim se consegue introduzir a lógica na formação dos preços.
Depois de termos mercados transparentes com a Bolsa de Mercadorias a funcionar normalmente, será a hora de conquistarmos a soberania hídrica pela dessalinização da água (processo dos alambiques solares-eólicos) esticando a irrigação até aos limites do razoável da marginalidade ricardiana. E quando David Ricardo disser que a nossa marginalidade já não pode ser mais esticada, teremos que negociar muito amigavelmente a instalação de mais alambiques no Magreb transformando o deserto do Sahara em terra arável, fixando populações, evitando que Vanuatu seja engolida pelas marés e fazendo de Portugal um importante operador no mercado mundial dos cereais.
CONCLUSÃO
Ressuscitada D. Filipa de Lencastre, se não tivermos preços lógicos (bolsa de mercadorias) não haverá PRRs que nos valham e tudo serão «pulus ad margaritam».
Outubro de 2024
Henrique Salles da Fonseca