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A bem da Nação

PORTUGAL SAI DO PROGRAMA DE RESGATE FINANCEIRO DA TROIKA

 

Títulos de Portugal com Classificação de Crédito “estável”

 

 

Com o aval da troika, o destino de Portugal volta às mãos dos portugueses. É um momento de satisfação para o Estado e para os parceiros internacionais. Confirma-se assim o início da estabilidade que leva ao abandono da recessão e, consequentemente, à credibilidade internacional (1). Deu-se um grande passo no sentido da liberdade e da responsabilidade.

 

Os investidores mostram-se dispostos a investir em títulos do estado. Depois da Irlanda e da Espanha, Portugal é o terceiro país a sair do programa de resgate. Agora, como os outros estados, só fica sujeito à supervisão orçamental através da Comissão europeia. As reformas e o bom comportamento dos portugueses, nestes tempos de cortes justos e injustos, deram confiança aos investidores. A Europa beneficia também da instabilidade na Rússia e na América latina. Há muito dinheiro nos bolsos dos investidores internacionais à espera de oportunidade para serem aplicados, até porque os juros do capital confiado aos bancos são insignificantes.

 

A altura não é talvez a melhor; a Comissão europeia só prevê uma média de 1,2 % de crescimento económico, para os 18 países da zona euro.

 

A saúde económica de um Estado mede-se com base nos dados do crescimento económico, mercado de trabalho, dívida pública e inflação.

 

A Bélgica, Irlanda, Grécia, Espanha, Itália, Chipre e Portugal têm dívidas superiores a 100% da sua produção económica anual.

 

Segundo a EU, para 2015, está prevista uma descida da actual dívida pública para 73,6% da produtividade económica na Alemanha; para 120,4% na Irlanda, para 124,8% em Portugal, para 133,9% na Itália, para 172,4%, na Grécia.

 

O Estado ganhou a credibilidade internacional, falta agora ganhar o crédito do povo. Resta aos partidos e à população compreender que contribuições e impostos têm de ser produzidos, antes de serem distribuídos e uma economia sã só recorre a empréstimos para investimentos produtivos.

 

Ontem, a Agência de Classificação Standard & Poor’s considerou o rating de crédito do país como “estável”, numa próxima decisão, o que significa um indicador aos investidores estrangeiros de poderem começar a apostar em Portugal, porque o país não será descido na graduação. Portugal deixou de pertencer à lista dos países sob observação. Títulos de crédito a longo prazo continuam a ser classificados com o nível ramisco (BB).

 

 António da Cunha Duarte Justo

 

 (1) Quando falo de credibilidade internacional refiro-me à credibilidade económica, à confiança que quem pede apoio tem perante os parceiros estrangeiros, especialmente os investidores estrangeiros! Portugal ganhou credibilidade devido à consolidação económica conseguida e às reformas estruturais efectuadas. A avaliação, feita pela Troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) e agora a ser seguida pela Agência de Classificação Standard & Poor’s, é um indicador a nível internacional de que Portugal cumpre e merece confiança (A realidade é que os credores se orientam por aqueles que lhe merecem confiança, neste caso os seus parceiros que acabo de referir). Com isto não quero justificar certas medidas tomadas para o efeito (não era o assunto do artigo). Tão-pouco é intenção minha desculpar um sistema internacional económico com pés de barro em que as nações conseguem o progresso actual à custa do endividamento, a ser pago pelas gerações futuras ou a ser solucionado por um futuro colapso económico geral. A realidade é dura mas os investidores e os especuladores internacionais só investem num país, ou concedem crédito, quando tiram proveito disso. A grande finança é predadora e age sob anonimidade através dos Bancos; pobre de quem cai na necessidade de pedir emprestado para poder sobreviver!

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