POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO-CONTINUAÇÃO
INQUÉRITO
RESPOSTA DA PROFESSORA BERTA BRÁS
Um comentário enviado pelo Cor. Adriano Miranda Lima. Sobre regionalização. Sempre pensei que a regionalização – quando se discutiu sobre isso, suponho que ainda no século passado – século de inesperadas - e desastrosas – mudanças no nosso mundo luso – seria um factor de desunião e divisionismo, num país como este nosso, de vozear tantas vezes de atropelo, sobretudo nessa altura sucedânea aos cravos revolucionários, (exceptuando as naturais provas contrárias, pela seriedade dos resistentes) – a regionalização significando, para mim, enterro definitivo do sentimento pátrio, já truncado com as descolonizações então despachantes de sentimentos em torno da nossa História. A mim repugnava-me a ideia de regionalização, sintomática de definitivo divisionismo destruidor do conceito “pátria”, na sua unidade global, conhecendo um pouco a picardia humana a respeito de apropriações e suas lutas. Não sei se penso diferentemente, hoje. Como diria Afonso de Albuquerque, para usar ilustrativa referência «de mal com os homens por amor d’el rei, de mal com el-rei por amor dos homens… ou seja de mal com os homens por amor da pátria, - esse pequeno rectângulo, pioneiro na expansão material e cultural do mundo hoje conhecido. Regionalização para quê? Se cada Região pode trabalhar em função do seu desenvolvimento, olhos pregados não na Cruz, mas no Respeito por esse breve Rectângulo a que pertence, e que se deve dignificar, como figurando ainda no tablado geográfico das nações terrenas.
