OS TRÊS «NÃOS» E OS QUATRO «SINS»...
... DE ANTÓNIO COSTA NO DISCURSO DA DERROTA DE 4 DE OUTUBRO DE 2015
- Não se demite da liderança dos socialistas;
- Não aceita juntar-se à esquerda para uma maioria negativa contra a governabilidade;
- Não irá apoiar a prossecução de políticas de austeridade por parte da coligação PSD/CDS.
O PS tudo fará para defender o programa com que se apresentou a estas eleições e enumerou quatro pontos-chave que vão orientar a acção socialista no próximo Parlamento:
- Virar a página da austeridade e da estratégia de empobrecimento;
- Defesa do Estado Social e dos serviços públicos na Segurança Social, na Educação e na Saúde;
- Relançar o investimento na ciência e na inovação;
- Assegurar o respeito pelos compromissos europeus e internacionais de Portugal.
(extracto do Jornal de Negócios)
Daqui concluo que:
- Enquanto António Costa se aguentar à cabeça do PS, teremos com quem conversar no âmbito da governabilidade de Portugal pelo que nos interessa rezar a todos os santinhos para que ele se mantenha no cargo por muito mais tempo;
- Não contando com o PS, a maioria de esquerda parlamentar não existirá;
- O não apoio das políticas da Coligação poderá significar abstenção do PS na votação do Programa do Governo, na do Orçamento do Estado para 2016 e nos diplomas que se seguirão ao longo da Legislatura;
- Para se alcançar esta atitude parlamentar, a Coligação deverá tomar em linha de conta os quatro pontos que António Costa considera fulcrais (os quatro «sins») integrando medidas específicas tanto no Programa de Governo como no OE16.
Tenho toda a confiança nos líderes da Coligação e não duvido de que esta minha leitura só peca por defeito mas entendo conveniente trazê-la aqui para que nós, as bases dos dois Partidos da Coligação, não nos deixemos atemorizar pelos jornalistas nem por outros profissionais do desgraçadismo.
Henrique Salles da Fonseca