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A bem da Nação

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Medina Carreira como costume esteve altamente lúcido. Ele não acredita que a nossa economia cresça a tempo de pagarmos a divida. Daniel Bessa deu-lhe razão. Seria preciso comprimir a carga dos pensionistas e criar emprego. Os governos não o farão

1) Porque precisam comprar votos

2) Porque precisam cobrar impostos.

Eu acho que ambos têm motivos para o pessimismo.

Nós só poderemos crescer algo a reboque da Espanha e esta não está muito dinâmica. Admito que a imaginação dos portugueses conseguirá criar produtos para os novos mercados, mas serão de pouco valor acrescentado. A única coisa que nos poderia salvar no curto prazo seria uma maior integração europeia.

Estará Merkel para aí virada???

Vosso comentário seria valioso

Luís Soares de Oliveira

6 comentários

Henrique Salles da Fonseca 09.07.2014 13:30

E, contudo, está por fazer o que pode transformar radicalmente o cenário económico nacional. Só estranho que os eruditos dessas «coisas» não as refiram.
Em economia de mercado, é fundamental que os mercados funcionem com transparência e que o método de formação dos preços tenha lógica. Isso não acontece em Portugal e a única vez em que o Estado tentou suprir essa falta, fê-lo no regime corporativo que se dizia, ele próprio, estranho à economia de mercado. E, congruentemente, fê-lo de acordo com um procedimento que nada tinha a ver com a lógica do mercado: fê-lo na secretaria, ditando os preços por que grande parte da produção nacional se deveria pautar; tinha os Organismos de Coordenação Económica (OCE’s) como «braço armado» de todo o esquema.
Desmantelado o Estado Corporativo e liquidados os OCE’s, eis-nos chegados a um oligopsónio para toda a actividade agro-pecuária nacional e para toda a indústria agro-alimentar. Os preços são assim ditados pela Procura e a Oferta ou pactua ou perde a produção (perecível ou com apertados prazos de validade) e o dinheiro equivalente ao preço ditado pelo comprador. Os mercados portugueses não são, portanto, transparentes. Limito-me a não afirmar que sejam opacos. Mas imitam muito bem. Pior: tudo funciona em «spot» pois não há em Portugal operações sobre futuros. Tudo acondicionado para gáudio da Procura e achincalhamento da Oferta.
E se disser que em 2013 o saldo negativo da balança comercial dos produtos da pesca ultrapassou os 600 milhões de Euros, dá para evidenciar que algo vai muito mal nos mares portugueses. O quê? Muito simples se constatarmos uma realidade caricatural que é a de que o leilão na primeira venda de pescado (a lota) ser descendente em vez do que seria normal, ascendente. Deste modo, o risco concentra-se exclusivamente na Oferta e a Procura gere o preço de cima para baixo em frequente orquestração de interesses desse lado do mercado. Bastaria que o leilão passasse a ser ascendente para que a competição se instalasse dentro da Procura e a Oferta pudesse confiar minimamente no método de formação dos preços. Chegou-se ao ridículo de a instituição que foi imaginada para fazer a cobrança do Imposto sobre o Pescado ter que financiar os armadores para eles poderem fazer-se ao mar.
Continuo a acreditar que, resolvidas estas duas «coisas» que os eruditos mantêm silenciadas, que o cenário económico nacional se poderá modificar radicalmente para crescimentos que há muito tempo Portugal não tem e com a produção interna a substituir importações.
Mais: quando alguém levantar receios sobre um putativo surto de aumento de preços, recordo que numa fase da vida nacional de forte constrangimento do consumo, o processo quase deflacionista impedirá essa eventualidade mas permitirá gerir a prazo o que actualmente é definido por um spot mal amanhado.
Ou seja, enquanto os parâmetros de Madina Carreira e de outros comunicadores se mantiverem inalterados, não haverá crescimento pois o modelo em que pensam está exaurido e urge enveredar por novos enquadramentos.
O crescimento é possível, só não arrisco a quantos dígitos.
Henrique Salles da Fonseca
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Francisco Amorim 10.07.2014 14:54

Nisto do crescimento económico de Portugal relembro, com constância, os sábios artigos do meu amigo José Gonçalves Viana, que GRITA para que olhem para o mar e parecem que nem para as praias alguém olha.
O turismo de mar, os milhares e milhares de embarcações de particulares que inundam os portos da Europa- ex-Portugal - poderiam ser em parte captados para a nossa costa que tanto tem a oferecer.
Mas... onde está a vi~soa (ou a cegueira) e a dinâmica do governo?
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