O QUE ELES DIZEM...
DIZ O INE QUE:
Em Dezembro de 2019, o Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI), registou uma variação homóloga de -1,6%, mais 0,3 p.p. face ao registado no mês anterior (-1,9%).
O agrupamento de Energia, apresentou uma variação homóloga de -2,6%, mais 2,2 p.p. face à variação verificada no mês de Novembro de 2019 (-4,8%). Os agrupamentos de Bens de Consumo e Bens Intermédios apresentaram variações homólogas de 0,3% e -3,3%, respectivamente, o que compara com as variações de 0,9% e -3,3%, registadas no mês anterior. O agrupamento de Bens de Investimento registou uma variação homóloga de 0,1% (0,3% no mês anterior).
O índice relativo à secção das indústrias transformadoras registou variações de -0,4% em termos homólogos (-1,1% no mês anterior) e de -0,1% em termos mensais (-0,8% em Dezembro de 2018).
Para o conjunto do ano 2019, a variação média do índice fixou-se em -0,2% (2,7% no ano de 2018), tendo os índices para o mercado interno e externo registado variações de -0,7% e 0,6% respectivamente (2,4% e 3,0% no ano anterior, pela mesma ordem).
E DIGO EU QUE:
Não gosto de que este tipo de índices apresente valores negativos pois que, persistindo, significam que a recessão se aproxima.
E se a recessão se aproxima numa circunstância global de juros negativos, o que resta às Autoridades Monetárias para combaterem o ciclo negativo? Eventualmente, nada. Teremos então que passar para outro tipo de medidas. Por exemplo, desenterrando Keynes. E a pergunta é: - Será que na Europa ainda há espaço para mais obras públicas relevantes? E os défices públicos?
Em resumo, não gosto do cenário e não vejo que o debate esteja lançado no sentido de cada Partido (nacional e europeu) se estar a preocupar muito com o tema. Quando a crise se instalar, vai então ser uma cascata de atabalhoamentos.
Janeiro de 2020
Henrique Salles da Fonseca