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A bem da Nação

O MUNDO ÀS AVESSAS

 

 

 

Já uma vez tentei reproduzir uns versos de que só me lembra uma pequena parte, que cantava na Adega da Lucília, que mais tarde mudou o nome para O Faia, uma fadista já velhota, baixinha, que eu tanta vez ouvi, há mais de sessenta anos, e que tinha uma graça imensa e cujo nome infelizmente esqueci:

 

O mundo anda às avessas

E muitos julgam que não

Eu que me vejo por mim

Vejo que o mundo é assim

Com tanta contradição

Há latagões serafins,

Desventurados venturas,

Claras que são escuras,

Etc.

 

Mas olhemos um pouco à nossa volta:

 

- Genève ia fazer, num jardim publico, um monumento lembrando o centenário do genocídio dos arménios, perpetrado pela Turquia em 1915, o que pressupunha o reconhecimento oficial desse genocídio. A Turquia ameaçou com corte de relações comerciais e como dinheiro fala mais alto que moral e ética, o conselho federal suíço... aconselhou que se pensasse em outro local, não “tão exposto”, para o monumento. Mais ou menos escondido ou de modo a que ninguém veja! Quer dizer, a Suiça e a sua apregoada neutralidade, uma vez mais baixa a cabeça ao dinheiro e, vergonhosamente, não quis reconhecer o hediondo crime desse genocídio! Covardes. Política.

 

- Em Bruxelas, no último dia 4 de Dezembro duas activistas de uma quadrilha feminista internacional atacaram e destruíram um presépio instalado na Praça Central da capital belga e não houve cristão que lá fosse, lhes tirasse as máscaras e as levasse para... um bordel. Covardes. Política?

 

FGA-Presépio Bruxelas.jpg

 

- No Brasil, uma comissão montada pela esquerda – leia-se governo do pt – apresentou o seu relatório sobre torturas, mortes, etc., durante os anos da ditadura militar, relatório extenso, infame e que propunha anular a Lei da Amnistia, assinada quando os militares entregaram o poder aos civis e permitiu uma transição pacífica. Desse relatório constam 190 mortes, mas não consta nem um único dos 128 que os comunistas mataram e jamais indemnizaram as famílias.

 

Nem referem os muitos crimes cometidos pela madama dona presidenta ou pelo famigerado capitão Lamarca, um assassino que escreveu um tratado sobre guerrilha urbana traduzido em todas as línguas de guerrilheiros, que por proposta do pt foi post-mortem promovido a coronel, com soldo de general de brigada, e indemnizada generosamente a viúva e filhos. Esse tal capitão, um dia num confronto com uma tropa do Exército, capturou um Tenente e todos os soldados. Mandou os soldados embora e deu ordens para que matassem o Tenente à coronhada o que foi imediatamente cumprido.

 

Alguma diferença entre este assassino, Che Guevara, que se distraía a matar a tiros de pistola os prisioneiros em Havana, ou os jihadistas que degolam jornalistas e outros? Nenhuma. Com a arma na mão, são todos uns covardes. Política?

 

- Entretanto corre o processo chamado “Lava-Jato”, que descobriu a maior vergonha da história do Brasil: os bilionários roubos à Petrobrás, em que estão envolvidos dois presidentes, os do pt como é evidente, presidentes e directores da Petrobrás e das maiores empresas fornecedoras e mais umas dezenas de políticos do mesmo pt e seus asseclas.

 

Aparecem até contratos de compra ou aluguer de plataformas de petróleo com o valor em aberto! O “contratado” escrevia o que quisesse, sabendo que a diferença para o valor real tinha que ser entregue ao “contratante” que o fazia chegar aos padrinhos!

 

No dia em que a CPI apresentou ao congresso o seu relatório sobre a Petrobrás, o relator, membro do pt, achou que estava tudo bem! Felizmente o Promotor que está a tratar do assunto e mais alguns juízes, acham que está tudo mal!

 

E vejam como é um assunto importante: nesse dia, depois da discussão deste problema nacional e internacional, os deputedos entretiveram-se a aprovar uma LEI que determina o dia 25 de Outubro como o dia do macarrão!

 

Dantes a política era só de pizza. Agora já lhe chamam “rodízio de massas”!

 

Tudo ladroagem, covardia e... política.

 

Como é mesmo que dizia De Gaulle?

 

Para encerrar o ano, 2014, notícias chatas, tristes, revoltantes, dolorosas. Não podemos fingir que está tudo bem e que o próximo ano será de grande prosperidade para a humanidade e toda a natureza.

 

Por isso, este apanhado de violência, corrupção, vergonha para uns e falta de vergonha para outros, vamos deixar no lixo do passado.

 

O lixo e o PIB deste “país do futuro” que não deve atingir este ano nem 0,2%. Zero, vírgula dois!

 

Não é um ano para esquecer. Temos que manter bem presentes toda a vergonha e covardia que dominaram este ano, para ver se podemos, de alguma forma, evitar que se repitam.

 

Começaremos aqui 2015 com “Histórias da História” bem mais interessantes e menos desumanas.

 

Porque não desejar um Bom Ano Novo?

 

Não custa nada.

 

28 de Dezembro de 2014

 

Francisco Gomes de Amorim, Junho 2013, Lisboa.jpg

Francisco Gomes de Amorim

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