O AVENTAL DA AVÓ
O primeiro fim do avental da avó foi proteger a roupa de baixo.
Depois... serviu como luva para tirar a panela do fogão...
Foi maravilhoso para secar as lágrimas dos netos e também para limpar
as suas caras sujas.
Do galinheiro, o avental foi usado para transportar os ovos e, às
vezes, os pintainhos.
Quando os visitantes chegavam, o avental servia para proteger as
crianças tímidas.
Quando fazia frio, à avó servia de agasalho.
Esse velho avental era um fole agitado, para avivar o lume da lareira.
Era nele que levava as batatas e a madeira seca para a cozinha.
Da horta, servia como um cesto para muitos legumes, depois de
apanhadas as ervilhas, era a vez de arrecadar nabos e couves.
E, pela chegada do Outono, usava-o para apanhar as maçãs caídas.
Quando os visitantes apareciam, inesperadamente, era surpreendente ver
quão rápido esse velho avental podia limpar o pó.
Quando era a hora da refeição, da varanda, a avó sacudia o avental e
os homens, a trabalhar no campo, sabiam, imediatamente, que tinham
que ir para a mesa.
A avó também o usou para tirar a tarte de maçã do forno e colocá-la na
janela para arrefecer.
Passarão muitos anos, até que alguma outra invenção ou objeto possa
substituir esse velho avental da minha Avó.
Em memória das nossas avós, enviei esta história para aqueles que achei
que a apreciarão.
(Autor não identificado – texto traduzido e adaptado livremente de um texto, em castelhano, em «CITAS LITERÁRIAS»)