O AR QUE RESPIRAMOS É IGUAL PARA TODOS…
… MAS AS LEBRES DORMEM AO RELENTO
Em República, todos temos os mesmos direitos e as mesmas obrigações – metaforicamente, o ar que respiramos é igual para todos.
Em Democracia, ao Governo cumpre promover a igualdade de oportunidades mas nem todos querem delas usufruir (em especial na Educação) – metaforicamente, as lebres dormem ao relento.
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Para que servirão as terras raras se o homem não lhe souber dar outro uso para além da produção de mandioca ou erva para o gado? E mesmo a actual corrida às terras raras parecerá uma infantilidade quando a síntese industrial desses elementos tão cobiçados estiver economicamente viabilizada. Ou seja, é a pessoa que mede o valor das coisas e estas de nada valem se não houver conhecimento humano que as valorize. Metaforicamente, a lebre dorme ao relento porque não sabe escavar uma toca.
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De regresso à realidade humana, reconheçamos que a pessoa é o cerne do desenvolvimento e que elevados índices de formação bruta de capital fixo tão ao gosto do cavaquismo-keynesianismo de pouco valeriam se não se fizessem acompanhar por políticas de educação e formação profissional.
Colhe, assim, perguntar o que fazer para deixarmos a velha modorra em que ciclicamente caímos após poucas mas voluntariosas chicotadas desenvolvimentistas. E, para poupar o enfado de quem me lê, cito apenas essa briosa iniciativa da Rainha D. Maria II que é a Academia das Ciências de Lisboa, hoje em pleníssima letargia e merecedora de epitáfio lacrimoso. Apareça quem a salve! Então, como minha
PRIMEIRA SUGESTÃO AO GOVERNO
deixo a ideia de que se salve a Academia das Ciências de Lisboa da inutilidade em que se encontra mergulhada expurgando-a da Secção
das Letras e relançando-a nas Ciências, promovendo o estudo das Ciências junto da juventude por via equiparável à Telescola. Tarefa fácil, basta querer.
Na esperança de que alguém com poder de decisão as chegue a ler, sigo com mais SUGESTÕES AO GOVERNO…
(continua)