MITOLOGIA GREGA – 1
Minos, rei de Creta, era o mais poderoso soberano do Mediterrâneo oriental e, entre outros, tinha Egeu, rei de Atenas, como súbdito.
Como prova das graças dos deuses perante o seu poder, Minos pediu a Poseidon que lhe provasse a sua admiração ao que o deus correspondeu oferecendo-lhe um belo toiro que o rei deveria sacrificar em honra do Olimpo. Mas o rei decidiu poupar ao sacrifício o belo animal por quem desde logo se enchera de estima. Zangado, Poseidon decidiu vingar-se e levou a mulher de Minos, a rainha Pasífae, a cair em tentação com o toiro, do que nasceu um ser com corpo de homem e cabeça de toiro, o Minotauro.
Perante os problemas que Minotauro provocava um pouco por toda a ilha de Creta, Minos decidiu fazer construir um labirinto onde Minotauro deveria ficar sem ser capaz de encontrar a saída. De alimento exigente, Minotauro só se saciava com carne humana e Minos decretou que todos os reis seus súbditos deveriam periodicamente enviar seis rapazes e seis raparigas adolescentes para serem introduzidos no labirinto e servirem de alimento ao Minotauro.
Perante tal flagelo, Egeu, rei de Atenas, enviou o seu filho Teseu a Creta numa barca de velas negras com a missão de matar o Minotauro. No regresso, se a missão fosse coroada de êxito, deveriam ser içadas as velas brancas; caso fosse o Minotauro a matar Teseu, as velas deveriam ser as negras.
Bravamente, Teseu entrou no labirinto e, depois de muitas buscas, encontrou e matou Minotauro.
Na euforia da vitória, Teseu regressou a Atenas mas esqueceu-se de içar as velas brancas e quando ao longe Egeu avistou as velas negras, entrou em desespero e lançou-se ao mar assim lhe dando o seu nome.
* * *
Foi Yanis Varoufakis no seu livro «O MINOTAURO GLOBAL» que me fez recordar esta história e que me fez também recordar do espanto que tive na juventude ao constatar que um híbrido de ruminante, herbívoro, pudesse ser antropófago.
Não foi só esta fantasia que encontrei no dito livro.
Voltarei brevemente.
Setembro de 2015