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A bem da Nação

ISLAMISMO RADICAL

 

Estado Islâmico.jpg

 


Nem sempre o politicamente correcto corresponde ao factualmente correcto e, quer Obama, quer Hillary Clinton, mas, principalmente o primeiro, não só faltam à verdade, como cometem erros grosseiros, a bem não se sabe muito bem de quê, nem como, nem porquê.


Todos os que conhecem minimamente o Islão, não podem, por forma alguma, pôr em causa que o Estado Islâmico é, precisamente, isso mesmo, islâmico. Podemos considerar que se trata de uma forma extrema, violenta e medieval do Islão, mas os apoiantes do EI não são apóstatas e interpretam literalmente o Corão. Por outro lado, quando Obama afirma que 99,9% dos muçulmanos condena os actos de violência e brutalidade perpetrados pelo EI e pelos jihadistas radicais isso não é verdade e ele sabe-o. Com efeito, se os muçulmanos correspondem a 1,6 mil milhões de crentes, apenas 160.000 apoiariam as acções do Daesh, quando sabemos que só os militantes dos grupos mais radicais (EI, Hamas, Hezbollah, Al-Shabbab, Boko Haram, etc) ultrapassam várias vezes essa cifra.
Quanto ao radicalismo, vejamos alguns dados apresentados pelo Pew Research Institute, em 2013, que fez um inquérito às crenças de muçulmanos em 39 países do mundo.

 

Verificam-se, entre outras, as seguintes situações:

  • 27% apoiam a execução de apóstatas;
  • 39% são favoráveis aos assassinatos em defesa da honra (“honour killings”);
  • 53% apoiam a instauração da Sharia como legislação oficial aplicável;
  • 51% favorecem a lapidação das mulheres adúlteras.


Verdade seja dita, que em grande parte dos casos, as populações não apoiam o extremismo, nem a violência cega, mas o certo é que, segundo os dados apurados, um número considerável, de centenas de milhões e não de 0,1% é favorável a práticas que violam os direitos humanos mais elementares.


Quando Obama alega que o EI não é um Estado, está claramente a faltar à verdade: o Daesh domina um território com uma área comparável à da Grã-Bretanha (cerca de 200.000 Km2), com uma população de 8 a 8,5 milhões de habitantes, com um governo e administração próprias e com forças armadas que contam com mais de 80.000 homens (todos estes dados são, obviamente, susceptíveis de alterações conjunturais, consoante a evolução da situação no terreno). Além disso, inúmeras regiões do mundo muçulmano juraram fidelidade ao EI como “wilayats” (províncias). O Daesh tem duas características: não reconhece fronteiras, nem tem (nem quer ter) assento nas Nações Unidas. Mas posto isto: se não é Estado é o quê exactamente?

É para evitarmos cair na demagogia, na islamofobia e em radicalismos extremos que temos de lutar pelo esclarecimento cabal da verdade e não cairmos na conversa confusa e distorcida dos políticos que nos vendem o discurso débil e estulto do politicamente correcto, por outras palavras a “banha da cobra". Além disso, temos de defender os nossos princípios e valores de civilização, sobretudo norteamo-nos por este lema: na nossa terra mandamos nós. E esta questão é incontornável.

 

 

 

Dezembro de 2015

 

Francisco Henriques da Silva.jpgFrancisco Henriques da Silva

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