INIMIGO À ESPREITA
Em tempos inseguros, com o inimigo à espreita, a responsabilidade mede-se conforme se empunhe uma arma, uma caneta ou uma vassoura.
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Depois da Guerra Fria, eis que a Quente nos bate à porta.
Julgava Neville Chamberlain que «tinha dado a volta» a Hitler e que evitara a guerra. Viu-se! Na mesma classe de «anjinhos», destaco outros que também se convenceram de que conseguiam «domar a besta»: Willy Brandt e a sua Ostpolitik, Gerhardt Schroeder e Angela Merkel que se deixaram encantar pelo gás russo. Estamos a ver os resultados, não estamos?
E, contudo, o problema não é a nação russa, mas sim o regime de Putin que é filho do KGB, essa fábrica de monstros ao serviço da classe dominadora daqueles desgraçados servos, o povo russo – nascidos para servirem como «carne para canhão» tanto na guerra como na paz. O russo comum sabe que lhe cumpre servir o Estado Russo enquanto nós, ocidentais, sabemos que temos o direito de sermos servidos pelos nossos Estados. Mas também sabemos que, sob ameaça, nos cumpre pegar em armas. Mas…
… exactamente por sermos um espaço de livre opinião, também os não-democratas por cá pululam e, dentre estes, há marxistas e russófilos extremados. Sim, o Ocidente tem que tomar em conta a 5ª coluna que mina a nossa coesão e até mesmo a nossa segurança.
Eis por que o Serviço Obrigatório à Nação deve ter uma vertente militar e outra apenas cívica, mas todos, de ambos os sexos, a cumprirem um período de instrução preliminar militar (a que antigamente se chamava Recruta) durante três meses com inculcação de disciplina, treino físico básico, manejo de armas ligeiras… No final desse período, haverá alguma opinião sobre quem mereça ser convidado para continuar para um segundo período militar e sobre quem deve ser encaminhado para missões de menor responsabilidade. Em tempos de insegurança com o inimigo à espreita, a responsabilidade mede-se por aquilo que se empunha: uma arma, uma caneta ou uma vassoura.
Alinha da frente deverá ser servida por militares profissionais e por voluntários e deverá ser apoiada por segundas e terceiras linhas servidas por milicianos. Os cívicos servirão nas Administrações central, regional e local, Forças de Segurança, Protecção Civil, SnS saúde… por um período duplo do militar e sem subsídios de risco.
IN FINE – Tudo deve ser feito para impedirmos a repetição do erro de permitirmos que elementos ideologicamente afectos ao inimigo acedam às nossas Forças Armadas. E deixámos que chegassem ao generalato. Lastimável!
Abril de 2024
Henrique Salles da Fonseca