Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

A bem da Nação

IGREJA DE SANTO ANTÓNIO – LISBOA

 

 

Em 1195 Fernando Martins de Bulhão nasceu em casa de seus pais, comerciantes abastados, no lugar onde hoje se encontra a Igreja de Santo António, frente à Sé Catedral de Lisboa.

 

Ali ao lado havia a pedreira da Sé e o Arco, ou Porta de Ferro, onde esteve instalada uma Ermida de Nossa Senhora da Consolação, cuja imagem havia sido levada de França pelo General Martim Afonso de Sousa (herói da Batalha de Aljubarrota).

 

Em 1431 já existia, porque para terem ali sido trasladados de São Vicente de Fora, os restos mortais de dona Teresa Taveira, mãe do Santo, conforme inscrição que estava do lado da Epístola e que o terramoto de 1755 destruiu.

 

Por isto, se confirma que a igreja já existia antes de 1495, ano em que o Senado, satisfazendo os desejos de D. João II, confirmado por disposição testamentária por D. Manuel I, de construir neste local uma nova igreja, decidiu erigir um templo que abrangesse toda a casa dos Bulhões, e a que se deu o nome de Real Casa de Santo António.

 

Cerca de 1300, esta casa, solar ao que parece, por ter sido berço do Santo havia sido adquirida pelo Senado da Câmara e transformada em capela, conhecida de início por Santo Antoninho da Sé, servindo ao mesmo tempo de Senado Camarário desde 1326 a 1753.

 

Foi ali que D. João III recebeu a bandeira da cidade que havia de ser arvorada em Ceuta bem como foi dali que saiu a bandeira empunhada pelo Conde de Castanhede, a que se juntou ao Senado e o povo em 1 de Dezembro de 1640 para correrem com os espanhóis.

 

Parece não se se saber ao certo quando esta casa-capela foi transformada em igreja em homenagem a Santo António. Freire de Oliveira atribui a fundação da primeira igreja entre o primeiro e segundo quartel do século XIII.

 

Perto da primeira capela-mór ainda existe a mesma porta de que se servia Martim de Bulhão, pai do Santo.

 

Entretanto, a primeira capela foi absorvida ou completamente substituída pela igreja que D. João II e D. Manuel mandaram levantar.

 

Todos os reis de Portugal contribuíram para o esplendor deste templo, mas foi D. João V que converteu a basílica num dos mais sumptuosos templos da Europa. O terramotos de 1755 e o incêndio que se seguiu pela cidade quase a destruíram completamente, só se tendo salvo a capela-mór e a venerada e veneranda imagem do Santo.

 

Após esta catástrofe a Câmara ordenou que se edificasse, entre as ruínas da antiga basílica, uma capela provisória, cuja abertura coincidiu com o primeiro aniversário da tragédia.

 

Entretanto, Mateus Vicente, que planeara a basílica da Estrela, substituiu o estilo manuelino por barroco.

FGA-Igreja de Stº António de Lisboa-1.jpg

Interior da Igreja

 

Existe ainda a cripta, por baixo do altar-mór, onde, segundo a tradição, seria o quarto onde nascera o Santo casamenteiro.

 

A igreja esteve fechada desde 1910 a 1926, os anos escuros dos carbonários revoltosos, só foi reaberta ao público a 14 de Setembro.

 

Muitas modificações vêm sendo efectuadas nesta igreja, como restauros e melhoras. A meio da parede nota-se uma lápide de mármore, ali mandada colocar pela Câmara em 1859:

 

Nascitur.Hac.Ut.Tradunt.Antonius. Aede.

Quem.Coeli.Nobis.Abstulit.Alma.Domus

(Nesta casa, segundo a tradição, nasceu António, aquele

que nos foi arrebatado por missão celeste)

 

FGA-Igreja de Stº António de Lisboa-2.jpg

 

20OUT15

FGA-2OUT15.jpg Francisco Gomes de Amorim

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2012
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2011
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2010
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2009
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2008
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2007
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2006
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D
  235. 2005
  236. J
  237. F
  238. M
  239. A
  240. M
  241. J
  242. J
  243. A
  244. S
  245. O
  246. N
  247. D
  248. 2004
  249. J
  250. F
  251. M
  252. A
  253. M
  254. J
  255. J
  256. A
  257. S
  258. O
  259. N
  260. D