FELIZES PARA SEMPRE
Li atentamente o programa do governo do PS. Cheguei às seguintes conclusões:
• Passarei a viver num Portugal melhor a partir de 2016;
• Um país com mais feriados, mais direitos, melhores salários, menos impostos, melhores serviços públicos, refeições mais baratas, rendas mais baixas, uma transportadora aérea nacional, mais pessoas contratadas definitivamente, menos precariedade, menos desemprego, mais natalidade, melhor educação e cultura;
• Um país onde, aconteça o que acontecer, não haverá nem mais uma privatização, onde todos os menos favorecidos poderão estudar com maiores apoios sociais, onde as universidades terão mais financiamento, onde as taxas moderadoras serão reduzidas ou eliminadas, onde se poderão utilizar gratuitamente os serviços de saúde públicos para fazer abortos sem pagar sequer um euro, onde existirão mais abonos, mais subsídios, mais complementos, onde se valorizarão os funcionários públicos, e onde novos e velhos serão mais amigos.
Portugal passará, pois, a partir de 2016, a ser um país onde todos quererão viver (não admira, pois, que se preveja, o regresso dos que emigraram).
Tudo isto será conseguido com redução da despesa pública corrente, com redução da despesa em pessoal, com redução da despesa com as prestações sociais, com a diminuição acentuada da dívida pública.
Nasceu, hoje, um novo manual de economia que levará os seus autores ao prémio Nobel.
Que bom será viver a partir de agora em Portugal.
Um amigo da onça mandou-me este texto e eu antes de o reencaminhar para os meus amigos, lembrei-me dos:
• Belos tempos que eu passei quando era pequenino e o Zorro, o Super-homem, o Batman, O Tarzan, o Homem Aranha, o Popeye, o Tim Tim, apanhavam sempre os ladrões e saiam sempre bem de todas as situações e nunca morria ninguém.
• Das saudades das histórias em que o rapaz (mocinho em brasileiro), ficava sempre com a miúda mais gira e casava com ela para toda a vida.
• Tempos em que eu sonhava (imaginava) ser sempre o mocinho destas histórias.
• O pior foi quando me contaram a história da galinha dos ovos de ouro e depois a da tartaruga e do corvo, mas onde eu acordei para a realidade, foi quando me avisaram para o lacrau da história do lacrau e do sapo.
Eu não quero ser sapo - nem mesmo aquele que se transformou num príncipe, porque nessa história viajaram para o reino do príncipe onde viveram felizes para sempre e eu quero ficar cá no nosso Portugal.