ESTRATÉGIA REGRESSIVA
Na sua caminhada para primeiro-ministro, António Costa começou por pedir uma maioria absoluta.
Como a maioria absoluta estava difícil, chegava maioria relativa.
Como a maioria relativa estava difícil, chegava ao PS ter mais deputados do que o PSD.
Como o PS não teve mais deputados do que o PSD, chegava um acordo de legislatura com o Bloco e com o PCP.
Como o Bloco e o PCP não falam um com o outro, chega um acordo de legislatura com o Bloco e um outro com o PCP.
Como o PCP não quer acordos de legislatura, é possível que chegue um acordo de investidura.
E se o PCP nem um acordo de investidura quiser, António Costa há-de contentar-se com um acordo verbal e um bacalhau.
A seriedade deste procedimento é nula.
In “António Costa anda a aldrabar-nos”, Público 27/10/2015