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A bem da Nação

ENTÃO, TUDO COMEÇOU ASSIM… (1)

 

D. Afonso V, nosso Rei, era primo de Cristiano I, Rei da Dinamarca e decidiram juntar esforços para encetarem navegações que permitissem aos dinamarqueses tomarem posse da Groenlândia e aos portugueses a descoberta de uma rota marítima setentrional que conduzisse ao Oriente.

 

Os co-comandantes da expedição realizada em 1473 eram, pela parte portuguesa, João Vaz Costa e, pela parte dinamarquesa, o alemão Didrik Pining.

 

Exploradas as costas do novo continente e da Groenlândia (a «Terra Verde», em dinamarquês), os dinamarqueses tomaram mesmo posse da maior ilha do planeta e nós ficámos a saber que por ali não íamos a parte nenhuma pois a tecnologia da época não permitia quebrar gelos. Mas ficámos a saber da existência de um vastíssimo continente até então desconhecido dos outros europeus. Ou seja, quem descobriu a América foram João Vaz Costa e Didrik Pining; nada, pois, a ver com Cristóvão Colombo nem com Américo Vespúcio. Mas o interesse estratégico dessa época implicava a guarda do segredo. E o segredo foi guardado.

 

Notemos que uma experiência com resultados negativos pode efectivamente ser muito importante por indicar que não vale a pena perder mais tempo com os pressupostos que haviam conduzido à dita experiência. Os nossos concorrentes que perdessem tempo com o que nós sabíamos inútil para os grandes objectivos da época, o Oriente das especiarias.

 

E quem era João Vaz Costa?

 

Nascido em Faro cerca de 1420, mereceu a confiança do novo Rei, D. João II, pelo modo exemplar como servira a seu pai, D. Afonso V, nomeadamente nessa tal expedição luso-dinamarquesa.

 

Então, quando o novo Rei precisou de alguém que fosse «os seus olhos e ouvidos» em Tavira, logo tratou de o encarregar dessa tarefa pois que também era filho de D. Vasco Anes Costa, homem honrado pela Casa Real em Tavira, contemporâneo do rei D. João I.

 

Ainda não herdado, para que o nomeado pudesse angariar meios de sustento para si e para a crescente família (viria a ter sete filhos), o Rei doou-lhe uma propriedade agrícola que já então se encontrava cercada por um importante canavial a fim de evitar devassas e de enquadrar gados em pastoreio. Compreende-se que a dita propriedade recebesse o nome de «Canada». O local ainda hoje assim se intitula e localiza-se na actual Freguesia de Cabanas, no Concelho de Tavira.

 

E a propósito de nomes, vindo João Vaz da corte e a mando do Rei, logo o povo lhe passou a chamar Corte Real. Daí, o nome com que passou à História de João Vaz Corte Real.

Brasão dos Corte Real.jpg

 Curiosamente, o brasão de armas da família ainda hoje exibe as costelas do nome original,

Costa

 

PRIMEIRA CONCLUSÃO

Foi João Vaz Corte Real – na companhia do alemão Didrik Pining – quem descobriu o continente a que erradamente hoje se chama América

 

(continua)

 

8 de Agosto de 2018

 Henrique Salles da Fonseca-16AGO16-2

Henrique Salles da Fonseca

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