EDUCAÇÃO EM BAIXA
Foi notícia, e poucos se manifestaram; o Ministério da Cultura patrocina um projecto para reescrever obras de autores clássicos brasileiros, de forma “facilitada”, para que os alunos compreendam o que lêem e se interessem... Agora não são os alunos que crescem, aprendendo novos termos, são os livros, alterados, reeditados com outros vocábulos infantilizados, para atingir os estudantes funcionalmente semi-alfabetizados. No meu tempo de escola secundária, quando não conhecíamos os novos termos consultávamos o dicionário. Era assim que nos instruíamos.
Depois das cotas para negros, índios, alunos de escolas públicas, os concursos públicos passaram a menosprezar o mérito e a exaltar as diferenças sócio-raciais. Depois de escolas que não reprovam, tratando da mesma maneira quem estuda e quem vagabundeia, depois da distribuição na rede pública de livros e apostilhas com erros crassos de português, depois do desprestígio salarial com que o governo contempla o magistério, depois da proliferação politiqueira de escolas superiores, deficientes, que lançam todos os anos no mercado de trabalho profissionais muitas vezes incompetentes, me pergunto:
Que pretende um governo que promove e nivela a educação da juventude tão por baixo?
Boa coisa não há de ser...