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A bem da Nação

«...E VÓS, TÁGIDES MINHAS...» - 10

ou

O MUNDO VISTO DA MINHA VARANDA

ou ainda

«HOC TEMPUS VINDICTA» que é como vulgarmente se diz «esta é a hora da vingança».

Vingança de quem contra quem?

De quem, já lá vamos, mas seguramente contra Mário Draghi e os «seus» juros negativos, da política desculpadora dos países sulistas, os perdulários, em desfavor dos nortistas, os frugais, do apadrinhamento dos devedores da banca em desfavor dos credores, os titulares dos capitais.

Por palavras maledicentes, esta é a hora da vingança dos aforradores de direita contra a demagogia protectora dos «coitadinhos»,  os consumidores. Pior dizendo… não digo; da mão invisível do «big brother» contra o «peão da brega». A Porta de Brandemburgo contra a Praça Sintagma.

Tudo o resto vem por acaso e muito a despropósito.

E o que é esse resto?

É «só» o Putin e os seus complexos imperialistas, a destruição física do maior fornecedor de cereais à Europa (obrigando-nos a virarmo-nos para Marrocos e para a imprescindível irrigação do Sahara), a busca de fontes energéticas alternativas (não nos esqueçamos de que não foi por falta de pedras que acabou a Idade da Pedra), a tomada (finalmente!) de consciência de que o «colonialismo XX» eufemisticamente chamado «globalização» estava a mostrar-se mais inconveniente do que proveitoso – feitiço vs feiticeiro.

Tudo, ao mesmo tempo, dá esta confusão em que nos encontramos:

  • Os juros só deixarão de subir quando a remuneração líquida dos capitais fôr confortavelmente positiva;
  • A «fronteira» dos US$ 70,00/barril de petróleo sendo confirmada como aquela a baixo da qual há um determinado número de poços exploráveis (definindo um nível determinado de oferta mundial) e acima da qual a viabilização da exploração sobe para quase o dobro do número de poços (aumentando significativamente a oferta mundial e puxando a cotação de novo para baixo), até que consolidemos a substituição dos fornecimentos russos ou os «petroleiros» russos substituam Putin;
  • Algo não muito diferente para o gás natural com os nossos amigos moçambicanos prestes a entrar na oferta mundial.

Concluindo, estamos sujeitos a uma vaga de aumento de preços (vulgar e erradamente chamada inflação) com duas origens – interna e externa – e duas causas fundamentais: 1) A necessidade de repor a remuneração líquida positiva dos capitais; 2) A especulação desenfreada que se mede pela chamada «inflação subjacente» que é a que nada tem a ver com as questões acima referidas e que em Portugal ascendeu a mais de 7% neste final de Outubro de 2022 calculada sobre o período homólogo - esta, sim, a merecer atenção no curto prazo pois que mais não é do que a vingança dos mercados opacos sobre o consumidor inocente e indefeso.

30 de Outubro de 2022

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