DO MEU «LOROSAE» - 5
Putin bem clama pela eurocentralidade da política mundial mas Nancy Pelosi acha que não.
Por outras palavras, quando a NATO está prestes a exigir aos EUA um esforço especial de guerra, logo Pelosi decide cutucar o dragão chinês com vara curta «distraindo» o esforço de guerra para outro teatro de putativas operações.
A menos que me expliquem muito bem explicadinho, não consigo perceber o porquê desta iniciativa da terceira figura dos EUA.
Mas aquela gente dispõe das informações dos respectivos Serviços Secretos (ditos «da Inteligência») e nós, «burrinhos da Silva», só sabemos o que passa nos telejornais. Mas também temos cabeça para algo mais do que para poiso de chapéu.
E a primeira questão que me ocorre é a de saber se Biden e Pelosi estão combinados ou em confronto. Se estão combinados, a minha baralhação alcançará níveis superlativos; se estão em confronto, «algo vai mal no Reino da Dinamarca». E se se confirmar esta segunda hipótese, a da disputa, temos que nos perguntar sobre a solidez política do nosso aliado mandante. Estaremos órfãos de líder? E se sim, qual é a alternativa? O cenário é tão tenebroso que o melhor é enveredarmos por outras vias. E quanto antes!
Ao fim de décadas e décadas de influência mais ou menos descarada do comunismo na feitura desse conceito europeu algo difuso que é o «politicamente correcto», chegámos na Europa à situação actual de insignificância militar, enorme vulnerabilidade perante a agressividade russa e enorme carência de protecção americana.
Daqui resulta a necessidade urgente de reconstituição do poderio militar europeu.
Folheando rapidamente a História, quem são os países com efectiva experiência operacional? E a resposta, por ordem alfabética, são: Alemanha, Espanha, Finlândia, Portugal, Reino Unido.
Estes, os países quejo mais vocacionados para o combate de proximidade. Não incluo propositadamente a Grécia nem a Turquia por causa da tradicional falta de solidariedade mútua; França deverá ficar como «Potência Nuclear».
Não faria sentido avançar aqui com mais sugestões que pudessem constituir uma base de planeamento de «Ordem de Batalha» não só porque não sou técnico nessas matérias mas também porque nada disso é djscut+ivel em público. Tudo, no pressuposto de que o conflito será convencional¸caso contr+ario… adieu!
De qualquer modo, a passagem do actual quase nihilismo militar europeu para uma condição de operacionalidade eficaz é processo relativamente demorado sobretudo quando o inimigo já dispõe de enormíssima capacidade de ataque. Daqui resulta a necessidade imperiosa de recurso a métodos expeditos que possibilitem o imediato cessar fogo na Ucrânia e o apaziguamento da situação no Mar da China. E esse método expedito consiste em mandar para a reforma (mais ou menos compulsiva e mais ou menos doirada) os protagonistas deste cenário tenebroso. Do lado de lá, refiro-me a Putin e seus putativos sucessores da linha da «grande mãe russa» e do lado de cá, refiro-me a Nancy Pelosi.
E eu, que detesto falar de pessoas, dou por mim a ter que reconhecer que bastaria «comer» meia dúzia de peças neste xadrez para que a paz regressasse ao mundo.
A ver…
16 de Agosto de 2022
Henrique Salles da Fonseca