DIOGO FREITAS DO AMARAL
(21 de Julho de 1941 – 3 de Outubro de 2019)
CDS – Centro Democrático Social, o Partido de que foi o primeiro Presidente, em parte nenhuma do nome nem dos princípios por que sempre se regeu se afirma de direita. O «D» significa «democrático» no sentido que no Ocidente se dá ao conceito que é o de defensor da liberdade de opinião, dos Direitos Humanos em conformidade com a respectiva Declaração Universal de 1948, do pluripartidarismo, da independência dos Poderes Legislativo e Judicial, da dependência do Poder Executivo relativamente ao Legislativo, da dependência das Forças Armadas e de Segurança ao Poder Executivo. Nos seus princípios, o CDS não faz uma opção de Regime (República ou Monarquia) pelo que essa é uma matéria fora de discussão e que só a cada militante diz respeito.
Sob a égide de Diogo Freitas do Amaral, o CDS sempre se afirmou como seguidor dos princípios da Doutrina da Democracia Cristã, ou seja, da Economia Social de Mercado. O «C» significa «Centro» e não tem qualquer outro significado que não exactamente esse, ou seja, que não é de direita nem de esquerda. A génese doutrinária do CDS nada tem a ver com qualquer dependência do marxismo tanto praticante como seu «spin-off» mas, sendo incondicional defensor do Estado de Direito, opõe-se frontalmente a todas as formas de fascismo quer de direita quer de esquerda.
Sob a égide de Diogo Freitas do Amaral, ninguém entrou no CDS que não subscrevesse estes princípios doutrinários.
No dia da sua morte, continuo a crer que se manteve firme nestes princípios fundadores do CDS que, para além dele, muitos continuamos a considerar fundamentais. Mais opções que o Partido admitiu – Liberalismo e Conservadorismo - após a sua presidência, alteraram o modelo inicial e Freitas do Amaral não se terá sentido confortável.
Mas foi ele que nos deu os princípios fundamentais.
R. I. P.
3 de Outubro de 2019
Henrique Salles da Fonseca