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A bem da Nação

DEMO E TEO CRACIAS – 2

 

 

Estávamos então nas teocracias, tal como as demo, com variantes curiosas. Vamos ver:

 

- Teocracias monárquicas: que podemos dividir em duas categorias.

 

As que têm um rei, ou são monarquias absolutas ou constitucionais, o que significa absolutas!

 

O rei e a família real detém todo o poder, todos os cargos do governo e ainda se permitem deter o poder espiritual, isto é, em nome de Alá, mandam matar, esfolar ou triturar, não permitem bebidas alcoólicas nem pornografia, muito menos prostituição, mas toda a gente sabe que os Grandes dessas terras tão ética e moralmente correctas, vivem num deboche pseudo-escondido, cheio de mulheres oferecidas, whisky e champanhe em banheiras de ouro, e outros detalhes de indigentes. Os exemplos mais caricatos são os sauditas e os bareinitas, que os EUA muito protegem porque dependem do petróleo deles. No Bahrein com 70% da população xiita a família real é sunita, o que é, no mínimo estranho. No Kuwait o emir, o rei, não tem constitucionalmente o poder total, mas controla totalmente, tudo e todos.

 

- Teocracias shariistas democráticas: as que não têm rei, fazem o povo votar para brincar de democracia, mas os supremos chefes religiosos, como reis, só que não hereditários, estão-se bem lixando para as eleições e continuam a deter o poder total, de vida e morte sobre qualquer cidadão.

 

A seguir há uns países com tipo de governo, no mínimo estranho. Chamam-se a si próprios teocracias, mas através das divisões internas entre 80% de sunitas e 20% de xiitas, o desentendimento é perigoso e ainda exibem parlamentos para também brincarem de democratas.

 

Todas estas teocracias sobrevivem há mais de mil e quinhentos anos com base numa lei simplíssima: o terror.

Ninguém, no seu normal estado de juízo se atreve a criticar ou discordar dum chefe civil, pior ainda religioso, se bem que os chefes civis sejam todos chefes religiosos, porque o mínimo que lhe pode acontecer é perder, ipsis verbis, a cabeça. Muito menos um não muçulmano porque, perante a lei corânica a palavra dum não muçulmano, sobretudo se for dum cristão, não tem qualquer valor em tribunais contra a de um muçulmano.

 

Onde a lei permite o sequestro e venda de mulheres para serem prostitutas dos compradores, sem direito a reclamar coisa alguma, nem a terem no mínimo um tratamento de gente. Há uma mulher no Kuwait, deputada, Salwa al-Mutairi, que está querendo legalizar a escravatura e venda de mulheres não muçulmanas para finalidades sexuais, chegando a afirmar: Na guerra da Chechenia seguramente há mulheres prisioneiras. É só ir lá comprá-las, e vendê-las aqui no Kuwait; melhor do que ver os nossos homens envolvidos em relações sexuais proibidas. Não vejo nenhum problema nisso.” E a dita deputeda ainda mais justifica a instituição da escravidão sexual pela invocação do califa Harun al-Rashid (século VIII) — que é conhecido no Ocidente pelas Noites Árabes (As Mil e Uma Noites) como um califa divertido, mulherengo, mas que era na realidade piedoso o suficiente para destruir igrejas e perseguir cristãos! E o maior exemplo que temos é, quando ele morreu Harun al-Rashid, tinha 2.000 escravas do sexo. Então está tudo bem, nada de errado com isso.

 

Como devem lembrar-se – os que se lembram – as Mil e Uma Noites contam a história de um califa que um dia sentiu que uma das suas muitas mulheres tinha “indesejados” encontros com outro homem, e para evitar que muitos cornos se lhe juntassem na testa passou a dormir cada dia com uma mulher diferente, que de manhã mandava decapitar. Depois, apareceu Sheherazade... etc.

 

 

Manuscrito de “As Mil e Uma Noites” do séc. XIV

 

Pois bem, esta الفرخ – Salwa – merecia que se lhe enviasse um presente que, certamente a satisfaria muito: meia dúzia desses mais robustos lutadores de UFC, de pelo menos 100 quilos cada, para, diariamente, todos, lhe darem umas aulas de... prostituição!

 

Outro aspecto simpático desta “lei” – do terror – prevê que as mulheres só podem herdar metade do que herdarem os homens!

 

Autoridades muçulmanas também ficam sempre ao lado de muçulmanos abusadores em julgamentos de instâncias de meninas cristãs que foram raptadas, estupradas e forçadas a converter-se ao islamismo e casar-se com seus sequestradores islâmicos. Nessas raras ocasiões, quando tal fuga de vítimas de estupro para suas famílias destruídas e apavoradas, a polícia muitas vezes obriga-as a devolvê-las aos seus “maridos” estupradores, onde, particularmente no Paquistão, cenas como esta são de grande frequência.

 

Cumplicidade legal em violência muçulmana contra os cristãos pode ser rastreada na doutrina islâmica da lealdade e inimizade, que induz os muçulmanos sempre para o lado dos colegas muçulmanos contra não-muçulmanos. Esta doutrina é construída em cima deste versículo do Alcorão, como a surata 5:51, que adverte os fiéis contra os judeus e cristãos amigos e aliados, porque quem entre vós os tomar para amigos e aliados, será certamente um deles, ou seja, qualquer amigo dos cristãos torna-se um infiel.

 

De acordo com o clássico e abalizado exegeta (os que sabem tudo!) al-Tabari, Alcorão 5:51, significa que o muçulmano aliado com não-muçulmanos aceita-os contra os crentes, assim ele mesmo passa a ser um membro de sua fé e comunidade, um infiel. "Combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Alá. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os preversos." Alcorão, Surata 2,193.

 

A loucura atinge pontos estratoesféricos, ultrapassando o ridículo, não podendo comparar-se ao mais louco dos loucos que os psiquiatras conheçam: os talibãs, por entenderem que uma estátua de Buda, com 2.000 anos infringia a lei corânica, explodiram-na! O Grande Mufti da Arábia, Abdul Aziz Al ash-Sheikh, (O Grand Mufti da Arábia Saudita é o mais importante e o mais influente muçulmano religioso sunita e a suprema autoridade jurídica na Arábia Saudita. O titular da posição é nomeado pelo rei. O Grande Mufti é o chefe do Comité permanente de investigação islâmica e quem emite pareceres jurídicos.) já declarou que é “necessário destruir todas as igrejas” que ainda existam na Arábia Saudita (parece que já não há nem uma!) o que a midia do mundo ocidental – teoricamente cristão – ignorou.

 

Depois que Muhamad Morsi foi eleito líder dos Irmãos Muçulmanos no Egipto (e já caíu!) foi crescente a quantidade de clérigos muçulmanos a clamarem pela destruição das pirâmides!* Parece piada, mas não é. Entretanto os salafistas têm-se entretido a destruir massivamente artefactos do antigo Egipto para purgar o Egipto da idolatria.

 

Tá tudo louco, pior está tudo acobardado face à bestialidade dos extremistas, como o palhaço Goodluck que se intitule presidenta da Nigéria e tem medo de visitar a região sob o controle de outro mais louco, a seita do Boko Haram, que tem morto quantos e quando quer, e só agora, depois da comunidade internacional ter gritado (tarde, aliás) é que uns poucos se mobilizam para lhe ir em cima!

 

Terror! Uma palavra que enxovalhou a França, a Alemanha de Hitler, o Camboja de Pol Pott, Castela de Torquemada, e dezenas de outros – Sudão, Biafra, Kénia, Ruanda, etc. – e agora o mundo se borra de medo com o avanço do Islão insano, cujo maior mal está fazendo a si próprio desacreditando aqueles que, de boa fé, aceitaram a palavra do Profeta.

 

Loucura.

 

Que continuará enquanto o Bezerro de Ouro tapar a consciência dos mais insanos!

 

O que é difícil, quando não, impossível.

 

Uma das maiores desgraças dos homens de bem é serem cobardes (Voltaire).

 

18/05/2014

 

 Francisco Gomes de Amorim

 

* New York Times, July ,23 2012; Huffington Post, July 17. 2012

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