DA UNIÃO NACIONAL
Chegando a Lourenço Marques numa radiosa manhâ domingueira de Março de 1974 no vôo que saira de Lisboa no final de Sábado, levava eu o Expresso já lido e relido debaixo do braço. Dirigi-me para a recolha das bagagens e, daí, para a Alfândega. E eis que sou mandado parar. Parei de imediato e perfilei-me perante o agente daquela Autoridade. O jornal Expresso estava apreendido. Logo informei que não era necessário apreendê-lo e perder tempo com a elaboração do auto de apreensão. Eu oferecia-o ao Chefe da Delegação Aduaneira do aeroporto para que o lesse tranquilamente. Aceite a oferta, fui-me ao meu destino levando comigo a derrogação do princípio sacrosanto de "Portugal uno e indivizível do Minho a Timor".
Tenhamos fé em que o passado nos ensine a fazer um futuro risonho e não rizível.
Henrique Salles da Fonseca