DA COBIÇA
Perguntado sobre se o “A bem da Nação” se pronuncia sobre os fogos na Amazónia, respondo que a desinformação me parece muito grande, o que obsta a que consigamos fazer raciocínios minimamente fundamentados em informação credível. De tudo o que me chega, extraio a sensação de que, das duas, uma: ou é verdade ou é mentira.
Portanto, louvo-me na opinião do meu amigo Francisco Gomes de Amorim que vive no Brasil há mais de 40 anos, tem uma visão holística do assunto, conhece os brasileiros nas suas virtudes e nos seus podres e conhece os que se lhes opõem nas suas virtudes e nos seus podres.
Da conversa telefónica que tivemos extraio que:
- Sempre houve queimadas na Amazónia que, descontroladas, se transformaram em acidentes;
- A pressão para a extensão das áreas agrícolas e pecuárias incide na região amazónica na razão directa da corruptibilidade governativa;
- A cooperação internacional vem sendo feita a pretexto do combate aos fogos mas tendo como objectivo real a prospecção das riquezas naturais, em especial as do subsolo;
- O Brasil dispõe dos meios necessários ao combate aos fogos mas seria importante que estes deixassem de ser ateados por quem quer manter as equipas prospectoras das riquezas naturais na Amazónia;
- De momento, são conhecidos os interesses de França, da Alemanha e da Noruega;
- Adivinha-se a decisão internacional de imposição de sanções ao Brasil com vista a impedir acordos comerciais que facilitem a entrada de produtos agrícolas (e pecuários) e agrícolas transformados nos mercados europeus.
Uma das riquezas do subsolo amazónico parece ser essa tal dos metais raros.
Seguem-se dois gráficos que me foram enviados por outro contacto meu no Brasil.
Agosto de 2019
Henrique Salles da Fonseca