ASSIM DANÇA ZORBA - 5
Grandes vergonhas que a Europa deixou a Grécia alcançar e que esta se recusa a reconhecer.
- Excesso de funcionários e ineficiência
O emprego público é, sem dúvida, um dos grandes paradigmas do desbaratar grego.
Durante a “bolha”, Atenas nem sabia quantos funcionários constavam das folhas de pagamento: os sindicatos estimavam em 700.000, enquanto o governo falava de 800.000! Mas o acréscimo de contratos temporários fez com que a cifra superasse o milhão de pessoas (2007), o equivalente a 10% da população e quase 20% de toda a força de trabalho do país.
Estes funcionários públicos ganhavam uma média de 1.350,00 €/mês (!), superando a média salarial do sector privado. Mas o que ainda importa saber é que o ganho real destes funcionários até era bastante maior: além de cobrar 2 bónus, gratificações e remunerações adicionais, alegando todo tipo de desculpas, tais como começar a trabalhar a horas (!), apresentar-se adequadamente vestida (!), usar o computador ou falar outra ou mais línguas. Houve até quem recebesse um bónus por trabalhar ao ar livre (!!!)…
Somando todos os extras, os funcionários gregos chegavam a ganhar, em média, mais de 70.000,00 €/ano (!). Os alemães recebem 55.000,00 €/ano...
As filhas solteiras órfãs de funcionários públicos tinham direito a uma pensão de 1.000,00 €/mês mesmo que, entretanto, atingissem a maioridade e casassem.
A Grécia tinha quatro vezes mais professores do que a Finlândia (o país que melhores notas apresenta no relatório PISA sobre a qualidade da educação); mas a superpopulação de professores só lhe serviu para figurar entre os países europeus com o mais baixo nível de quase todos os testes de Educação, pelo que, muitos dos gregos que enviam os seus filhos às escolas públicas, têm que contratar explicadores particulares como reforço da educação dos seus filhos.
Outro facto assaz “curioso” é que, na Saúde Pública, foi onde a Grécia mais investiu (verba muitíssimo superior à média da EU) em abastecimentos e aprovisionamento, sem que, contudo, os gregos sofressem de mais doenças do que os restantes europeus!... Qual a razão? Um dos muitos escândalos revelados durante estes anos é que era uma “tradição” que os médicos e enfermeiros saíssem dos hospitais “carregados” com todo o tipo de material higiénico-sanitário...
(continua)
Recebido por e-mail; Autor não identificado