AÍNDA SCHÄUBLE
SEIS FRASES LAPIDARES SOBRE PORTUGAL
O ministro das Finanças alemão criticou o Governo de António Costa.
- Schäuble, afirmou recentemente que "Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo”.
Esta não é a primeira frase polémica do ministro sobre a política financeira do Governo de Costa e sobre as contas de Portugal.
A Rádio Renascença recolheu e eu subscrevo algumas dessas frases:
- "Portugal vinha tendo muito sucesso até [à chegada] de um novo Governo. (...) Está a acontecer da forma como eu avisei o meu colega português [Mário Centeno] porque eu disse-lhe que se seguirem esse caminho vão tomar um grande risco e eu não tomaria esse risco”. Conferência em Bucareste, na Roménia, a 26 de Outubro de 2016
- “[Mário Centeno] sabe que Portugal tem de fazer tudo o que está ao seu alcance para contrariar as inseguranças nos mercados financeiros. Porque, naturalmente, sabe que Portugal estava no bom caminho. Mas este bom caminho ainda não permite a Portugal estar bem. É este o ponto da situação. Trata-se apenas do desejo de não voltar a ter de novo os problemas que existiam há alguns anos em Portugal". Conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (Ecofin), em Bruxelas, a 12 de Fevereiro de 2016
- “Portugal deve estar ciente de que pode perturbar os mercados financeiros, se der impressão de que está a inverter o caminho que tem percorrido. O que será muito delicado e perigoso para Portugal”. Declaração feita à entrada da reunião do Eurogrupo, a 11 de Fevereiro de 2016
- “Portugal irá cometer um enorme erro se não cumprir o que foi acordado. Os portugueses não querem um novo pacote de resgate e não precisam dele se cumprir as regras e os compromissos europeus”. Conferência de imprensa em Berlim, a 29 de Junho de 2016
- “Naturalmente tivemos um debate entre os ministros sobre se é inteligente tomar esta decisão no contexto do referendo britânico, mas eu e outros dissemos que era muito importante que as regras europeias se apliquem. Deseja-se incentivar e evitar incentivos erróneos para que os países actuem e façam o que têm de fazer.” Conferência de imprensa após a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, a 12 de Julho de 2016
E para que não restem dúvidas, repito que subscrevo as afirmações de Schäuble.
28OUT16
Henrique Salles da Fonseca