AINDA O ARQUIMEDES
Exmo Henrique Salles da Fonseca
Estimado Amigo e Viajante das Letras,
1 - E logo pela manhã ARQUIMEDES E O TANGO. E como eu gostaria de escrever assim de quando em vez (ou de vez em quando), escrevinhar algo com interesse para o A BEM DA NAÇÃO. Não tenho tempo? Claro que tenho. Mas não o suficiente para fazer como gosto de fazer. Com investigação e labor. Sou assim. Nada a fazer. E ter neste momento mais de trezentas páginas para defender em breve, faz-me preocupado. Adiante.
2 - Mas chamou-me a atenção "para já, segue-se ORHAN PAMUK". Excelente escolha. Mas não ficaria de bem comigo se não te falasse de dois livros que li muito recentemente, e que me surpreenderam, mesmo muito, de duas figuras da RTP e TVI (agora na CMTV). E nunca tinha lido nada das mesmas, porque pensei (erradamente), que não teria nada a ganhar com os livros destes autores. Por partes.
3 - O IMPÉRIO DOS HOMENS BONS de TIAGO REBELO (edição ASA). Muito, mas mesmo muito interessante. Passa-se em Moçambique nos idos de 1847. Da capa: Um amor proibido entre um padre e uma escrava. Uma história verídica de sobrevivência. Da contracapa : Em 1847, na pequena vila de Inhambane, um punhado de famílias esquecidas pela coroa portuguesa luta heroicamente para impor uma nova civilização em território africano (...). Pensei que largaria logo o livro, mas engano meu, li-o de rajada. E foram 531 páginas.
4 - AS FLORES DE LÓTUS de JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS (edição GRADIVA). Da contracapa: O século XX nasce, e com ele germinam as sementes do autoritarismo. Da Europa à Ásia, as ondas de choque irão abalar a humanidade e atingir em cheio quatro famílias (...). Do JAPÃO, da CHINA, da RÚSSIA e de PORTUGAL. Neste último caso recomendo os encontros de um tal capitão Artur Teixeira com um lente da Universidade de COIMBRA, que chega às FINANÇAS, e que não precisa de três anos para endireitar as contas. Basta-lhe um. É obra. E foram 683 páginas. E só lamento que tenha continuação com O PAVILHÃO PÚRPURA que agora aguardo com ansiedade.
5 - E se ao teu segue-se, seguirem-se estes, acredita que não perderás mesmo nada. Desculparás, entretanto, se acaso de sentires defraudado com estas leituras, e é evidente o meu atrevimento também terá que ser relevado. Ousadias, é o que é. da minha parte.
Muita CONSIDERAÇÃO e ESTIMA PESSOAL,
José Augusto Fonseca