A SINFONIA DO NOVO MUNDO – 4
Contida a agressão chinesa ao resto do mundo, substituída a ONU por instituição democrática e confirmada a UE e o Euro e constituídas as Forças Armadas Europeias (em paralelo com as nacionais de cada Estado-membro), é com um sentimento de simpatia que olho para a Índia e que a aponto como eventual parceira de privilégio para os interesses do resto do mundo que, com ela, foi vítima da maldade subjacente ao Covid-19.
A Índia é um país cheio de problemas, todos os identificamos mas é isso mesmo que a distingue da China: todos conhecemos os problemas indianos, todos os discutimos na praça pública, ninguém é condenado à morte sem julgamento, os Partidos políticos são livres, a imprensa é livre. E é por causa desses problemas todos que me inspira confiança. Pelo contrário, tenho todos os motivos para desconfiar dos países que só têm virtudes.
Aqui fica a sugestão: vamos trocar a China pela Índia.
E porque nós, Portugal, temos uma relação muito antiga com a Índia, lembrei-me de que está na hora de reforçarmos a CPLP com um instrumento de cooperação militar e com uma instituição de gestão de um fundo monetário que funcione de modo equivalente ao que a França tem com as suas antigas colonias africanas (CFA) e com as possessões ultramarinas no Pacífico (CFP). Essa nova moeda (o Escudo Internacional) terá paridade associada ao Euro.
Assim, aqui deixo para debate três temas que me parecem interessantes para o novo mundo que aí vem no rescaldo da calamidade pandémica:
- A substituição da China pela Índia como parceira privilegiada dos demais países vitimados pelo Covid-19;
- A constituição de uma força militar lusófona;
- A criação de uma instituição de emissão monetária equivalente à que gere o CFA e o CFP.
(continua)
Abril de 2020
Henrique Salles da Fonseca