A SINFONIA DO NOVO MUNDO – 1
Seremos todos Cristóvãos Colombo ou seremos Bartolomeus Dias ou Vascos da Gama?
Como assim?
É que Bartolomeu Dias e Vasco da Gama sabiam perfeitamente o que faziam mas Cristóvão Colombo chegou a um sítio novo, sim, mas que desconhecia por completo e não era, de todo, o que procurava.
E nós, saberemos para onde vamos depois de sobrevivermos à tentativa de extermínio a que estamos a ser sujeitos?
Tudo depende do grau de manobra que permitirmos ao agressor, o Regime ditatorial chinês. Se não lhe impusermos regras de convivência planetária, corremos o risco de que novas calamidades dali surjam na continuação de um processo repetitivo de que este Covid-19 é apenas mais um caso. Lançado de propósito ou sem querer, o mal está aí com perfil de chacina global e não se pode repetir. Impõe-se uma reacção do resto do mundo e se as actuais Autoridades chinesas não dão garantias formais e credíveis de que dali não virão mais calamidades, então o resto do mundo assume a legitimidade de uma imprescindível intervenção.
Perante o que, numa fase imediata, deve ser retirado à China (leia-se, ao actual Regime ditatorial chinês) o direito de veto na ONU, tanto no Conselho de Segurança como noutros quaisquer órgãos daquela instituição em que essa singularidade antidemocrática esteja prevista.
Aliás, não devem ter direito de veto quaisquer Regimes políticos que não sejam comprovadamente democráticos, independentemente da dimensão humana a que correspondam. Não é por dominar um quarto da Humanidade que o Regime ditatorial chinês adquire legitimidade para condicionar decisivamente o bem comum aos outros três quartos da população mundial. Quando a representatividade não tem uma base democrática, não é legítima.
(continua)
Abril de 2020
Henrique Salles da Fonseca