A PROPÓSITO DOS ATENTADOS DE BRUXELAS
Este artigo da Stratfor é de leitura obrigatória:
O caos instalou-se nessa farsa grotesca e gigantesca auto-denominada União Europeia com os resultados trágicos que se conhecem e que dispensam a abundância de comentários por despicienda.
Já o escrevi no Facebook e repito-me: "A UE é de um imobilismo total, por um lado é o receio de ser considerada xenófoba, racista ou, no mínimo, politicamente incorrecta (uma doença "mental" que se espalhou por toda a parte e que impede que a verdade emirja) e, por outro, a descoordenação, inconsistência e ineficácia dos serviços de informações (intelligence), não só belgas, mas europeus, que impediram que se tomassem as medidas preventivas que se impunham."
Podemos enumerar alguns factores e a lista não é exaustiva: a incapacidade real e efectiva de lutar contra o terrorismo: o medo prevalecente, instalado e abrangente; a emergência de forças nacionalistas um pouco por toda a parte, a não absorção ou, nalguns casos, mesmo, a rejeição integral das consequências do 13 de Novembro; o problema dos refugiados/migrantes ainda sem solução à vista, mas com cedências inauditas à Turquia; o eventual termo da live circulação de pessoas, leia-se do acordo de Schengen; a crise financeira, carente de soluções sólidas e minimamente consensuais. Chegámos ao fim do caminho?.
Depois admiramo-nos do que diz Donald Trump, Viktor Orban, Kaczynski, Marine Le Pen, o Pegida,a AfD? Admira-me, isso, sim, que as reacções não sejam ainda mais fortes e mais generalizadas.
Temos, pois, dois problemas, ambos internos: o terrorismo está entre nós (aliás, sempre esteve), o extremismo impõe-se com força acrescida (o que é uma verdade Lapaliciana)
Que fazer?
Francisco Henriques da Silva