A NOVA ALVORADA DA ESQUERDA
A esquerda sempre precisou de dinheiro - de muito dinheiro - para se sustentar; a direita, por sua vez, não.
Isto porque a direita é composta de adolescentes que estudam enquanto estudantes, trabalham enquanto jovens, poupam enquanto adultos e, portanto, sustentarem-se não é um grande problema.
A direita produz e progride enquanto a esquerda protesta nas ONGS, nos cafés e nas tertúlias mais ou menos filosóficas.
A esquerda sempre viveu do dinheiro dos outros, com alguma mândria e muita conversa. Karl Marx é o seu maior exemplo pois sempre viveu à custa de amigos, heranças e até do colega Friedrich Engels.
Todos os esquerdistas vivem ou aspiram a viver à custa do Estado, inclusive os empresários que votam nos Partidos da esquerda e vivem das adjudicações públicas com mais ou menos subornos activos a quem tenha o poder de decisão.
Nos tempos áureos, a esquerda chegou a tomar posse de países inteiros: China, União Soviética, Cuba, Angola, Venezuela, por exemplo, onde a esquerda se locupletou anos a fio com luxos setentrionais ao estilo de dachas e Zils bem como com outras mordomias mais ou menos tropicais nunca disponibilizadas aos trabalhadores que eles, esquerdistas, dizem defender.
Essa esquerda gananciosa foi lentamente sugando a totalidade do capital inicial que tinha sido criado por outros… até tudo se transformar em pó.
A esquerda levou à falência os países de que se apoderou. A falência foi a razão estaminal da queda do muro de Berlim.
Viver à custa do Estado com duas ou mais reformas totalmente imorais é o sonho dos esquerdistas. O pior é quando o dinheiro acaba.
Sem dinheiro, a esquerda rouba com uma volúpia jamais vista. Mas quando em democracia e graças ao jornalismo de investigação a que se segue por vezes a confirmação judicial, até essa fonte secou ou está em vias de fechar.
Sem empresas públicas lucrativas e sem obras para adjudicar, os cleptómanos desesperam.
O problema da esquerda é hoje o de saber como é que se vão sustentar daqui para a frente sem saberem produzir bens e produtos que a população queira comprar.
E porque acabaram com os ricos, tornaram vão o velho brado de «os ricos que paguem a crise». Então, os esquerdistas acham que agora é o Estado que tem a obrigação de prover às suas necessidades porque são parasitas, nomeadamente parasitas estatais.
Vai daí, apregoada a «nova alvorada esquerdista portuguesa», planeiam agora regressar aos grandes investimentos públicos. Para já, na área dos transportes: aeroporto, cacilheiros, locomotivas e o mais que o calendário eleitoral sugira…
Com que dinheiro?
Logo se verá mas duma coisa tenho eu a certeza: seremos nós, os Contribuintes, a pagar tudo, incluindo as famosas comissões que ficarão pelo caminho entre o valor real da obra e a factura final.
Como tudo seria lindo se pudéssemos confiar neles.
Janeiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca
(Estocolmo, praça do palácio real, JAN19)
BIBLIOGRAFIA: