A MORTE DO LINCE
Começa a ser repetitiva a notícia de que um lince apareceu morto.
Creio que algumas poderão ser as causas dessas mortes, nomeadamente a de se tratar de animais que foram criados em cativeiro e posteriormente libertados pelo que admito que não tenham a «expertise» suficiente para se cuidarem na liberdade a que foram obrigados.
Mas também admito que o instinto de sobrevivência com que nasceram não esteja adaptado aos automóveis nem aos criadores de gado miúdo de que eles, linces, apreciam o paladar.
Uma vez que não estou a ver os biólogos ligados à reintrodução do lince no habitat tradicional pugnarem pelo corte de estradas nem pela expulsão dos criadores de gado miúdo dos locais onde os linces aparecem mortos, creio mais sensato deixá-los viver em ambientes protegidos sem se correr o risco sério de extinção da espécie na liberdade fatal que lhes tem sido imposta.
Mas quando lidamos com ambientalistas, nunca se sabe qual a linha de raciocínio por que singram.
Janeiro de 2019
Henrique Salles da Fonseca